O que fazer no Rio Grande do Norte: confira 12 sugestões de destinos

Localizado no cotovelo do Brasil, bem onde o vento faz a curva, o Rio Grande do Norte tem praias semi desertas, faixas de areia que fazem a gente querer mudar de CEP e finais de tarde únicos, em todo o Nordeste brasileiro.

Neste post, o Viagem em Pauta reúne nossas experiências preferidas em terras potiguares.

Muito além de Natal e São Miguel do Gostoso, só para citar alguns dos destinos mais visitados do estado, tem passeio por uma península onde carro não entra, dunas rosadas que veem o sertão virar mar e até um local onde o turismo é do tempo da pedra.


⇒ MARACAJAÚ

Localizados a 60 km de Natal, no município de Maxaranguape, os parrachos de Maracajaú abrigam piscinas naturais de águas transparentes e rasas, a sete km da praia.

No local é possível praticar snorkeling e mergulho autônomo com cilindro (mesmo quem não tem certificação), entre arrecifes de corais que aparecem de acordo com a maré, dando origem a um cordão de 13 km².

⇒ SÃO MIGUEL DO GOSTOSO

Nesse destino a 120 km de Natal quem dita o ritmo da viagem é o vento.
Com constantes deslocamentos de ar que dobram a esquina onde o litoral do Brasil faz a curva, São Miguel do Gostoso é um dos melhores pontos do mundo para prática de kite e windsurf, cuja temporada vai de setembro a março.

Só não conte com águas calmas e transparentes de outros destinos do Rio Grande do Norte, devido aos ventos fortes que deixam o mar agitado e tons turvos. Por ali, as atividades esportivas têm preferência como aulas de esportes náuticos, passeios a cavalo na areia da praia e até prática de Stand Up Paddle na lagoa de uma pousada local.

Tourinhos (foto: Eduardo Vessoni)

⇒ TOURINHOS

A fama dessa praia de São Miguel do Gostoso vem dos impressionantes finais de tarde dessa faixa de areia em forma de fenda, que abriga uma baía para banho em águas calmas, ao lado de dunas petrificadas.

⇒ GALINHOS

A 170 km de Natal, esse município pesqueiro fica em uma península de areia que avança, entre o mar e o rio, onde é possível fazer passeios de bugues e passar o dia em lagoas entre dunas.

Principal destino da Costa Branca, Galinhos tem pouco mais de 2.700 habitantes (incluindo o distrito vizinho de Galos) e parece ter dado as costas para o turismo de massa.

Duna do André, em Galinhos (foto: Eduardo Vessoni)

E nem os grupos de turistas que chegam da capital para passeios apressados de meio dia conseguem alterar aquele clima de vila de pescador, nessa península que avança como uma língua estreita de areia,  entre o mar e o rio Aratuá.

VEJA VÍDEO

⇒ DUNAS DO ROSADO

Para ver dunas fora do eixo do turismo de massa, a parada seguinte é em Areia Branca, a 270 km de Natal.

Localizadas entre a cidade de Porto do Mangue e o vilarejo de Ponta do Mel, as Dunas do Rosado são montanhas de areia coloridas por sedimentos das falésias vizinhas que pintam aquelas dunas.

foto: Eduardo Vessoni

Dizem que são rosadas, mas de acordo com a luz do dia, a gente jura que são alaranjadas, avermelhadas ou em tons amarelos.

Com 10 km² de extensão, o local serviu de cenário para as novelas Flor do Caribe e O Clone, e para o filme ‘Maria, mãe do filho de Deus’.

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⇒ CASTELO ZÉ DOS MONTES

Tudo começou quando José Antônio Barreto teve uma visão, na infância, em que uma senhora lhe pedia para construir sete igrejas, em locais diferentes.

Desde que aquela imagem apareceu para ele, em 1941, foram outras 12 aparições até que, já adulto, Barreto, por fim, encontraria o endereço certo para a construção da sua igreja/castelo.

Não concluída, a obra de contornos surrealistas pode ser visitada apenas nos finais de semana, cujos ambientes sem móveis podem ser explorados pelo visitante, como salões rochosos e altares em pedra.



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⇒ SERTÃO

No interior do estado e longe daquele mar de águas convidativas, o turismo acontece na região do Seridó, em plena Caatinga nordestina.

Entre arbustos e árvores baixas, é possível fazer caminhadas curtas até sítios arqueológicos que guardam pinturas rupestres escondidas, localizadas em setores mais isolados, “de onde índios locais podiam avistar grupos rivais”, segundo Damião Carlos Dantas, condutor no Sítio Arqueológico Xiquexique, a 3,5 km de Carnaúba dos Dantas.

Mais ao norte fica Cerro Corá, município que abriga o Serra Verde, outro geossítio com geoformas rochosas com mais de 530 milhões de anos e pinturas rupestres dentro de uma gruta.


⇒ PIPA

Localizado a quase 90 km ao sul de Natal, o município de Tibau do Sul surgiu como destino dos viajantes alternativos, nos anos 70, e hoje abriga algumas das praias mais famosas do litoral nordestino.

Definitivamente, Pipa é o destino potiguar mais recomendado para os baladeiros de plantão, nem que seja só para caminhar pela fervida (e estreita) via de paralelepípedos do centro da cidade, a rua Baía dos Golfinhos.

Mas o melhor de Pipa fica do lado de fora e é de graça: falésias, praias de águas calmas recortadas por piscinas naturais e trechos preservados de Mata Atlântica são alguns dos atrativos naturais da região.

Barra do Cunhaú (foto: Eduardo Vessoni)

⇒ BARRA DO CUNHAÚ

Próximo a Pipa, do outro lado do estreito rio Catú e onde carros seguem sobre jangadas rústicas de madeira até a margem seguinte, a Barra do Cunhaú dá as costas para o turismo de massa e segue a vida na direção dos ventos.

Essa simpática vila de pescadores fica no município de Caguaretama, a 80 km de Natal, e é um dos cenários ainda desconhecidos dos 400 km do litoral potiguar. É ali que o rio vira mar (ou o contrário, de acordo com a posição dos ventos), uma ilusão de ótica que faz a gente confundir mar e rio.

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⇒ BAÍA FORMOSA

No extremo sul do estado, no limite com a Paraíba e a 110 km de João Pessoa, Baía Formosa é um município que está no roteiro de quem visita a região de Barra do Cunhaú.

Considerada a maior reserva de Mata Atlântica do Rio Grande do Norte, a região abriga cerca de 26 km de faixas de areia quase desertas.

Baía Formosa (foto: Eduardo Vessoni)

⇒ LAGOA DA COCA COLA

Localizada no litoral sul do Rio Grande do Norte, a pouco menos de 100 km de Natal, a cidade de Baía Formosa abriga a maior reserva de Mata Atlântica do estado e é endereço de uma das atrações naturais mais inusitadas da região.

A Lagoa da Coca-Cola, na Mata da Estrela, recebe esse nome por conta de suas águas escuras, devido ao solo rico em iodo e ferro, e à pigmentação das raízes das árvores.

Originalmente conhecida como Lagoa da Araraquara, a atração é procurada pelos que acreditam que suas águas curam e rejuvenescem.

Lagoa da Coca Cola (foto: Marinelson Almeida/Flickr-Creative Commons)


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