Mais do que semelhanças políticas e históricas, certos países do Leste Europeu guardam a capacidade de se reinventar e abrigar capitais capazes de fazer até o viajante menos baladeiro trocar o dia pela noite para viver uma das cenas alternativas mais marcantes no lado menos conhecido do Velho Continente.
Casas noturnas em antigos quartéis, um bar em forma de disco voador e até shows em um barco atracado no rio Danúbio. Selecionamos algumas baladas, no mínimo, curiosas que você não deve deixar de conhecer:
Bratislava (UFO): Desembarcar na capital da Eslováquia já é uma experiência bastante inusitada, mas uma balada em uma estrutura em forma de disco voador sobre o rio Danúbio é, no mínimo, surreal. Localizado em uma torre de 95 metros de altura, o UFO é um bar-restaurante com vista panorâmica da cidade e boa variedade de drinques. O estabelecimento funciona nos pilares da Bratislava New Bridge, considerada a sétima maior ponte suspensa do mundo e abriga uma plataforma de observação, cujo acesso se dá por um elevador que sobe até o topo em 45 segundos.
Budapeste (A38): Seja qual for a programação, o mais inusitado desta balada húngara é seu endereço: um navio ucraniano de 1968 atracado em um dos rios mais populares de toda a Europa, o Danúbio. Esta embarcação com 85 metros de comprimento abriga uma sala de shows para 600 pessoas, restaurante e dois bares externos com terraços panorâmicos, dos quais um foi considerado pela Lonely Planet como o ‘melhor bar do mundo’, em 2012. Um dos espaços mais concorridos é o terraço sobre o navio, uma área ao ar livre com capacidade para 250 pessoas, no ponto mais alto do A38.
Liubliana (Metelkova Mesto): Este espaço underground da capital da Eslovênia está localizado em antigos quartéis militares, onde funcionam bares alternativos decorados com grafites e esculturas para amantes de sons pesados como heavy metal, ska punk e música industrial. Seus 12 mil m² abrigam também galerias e museus de arte. A Cidade de Metelkova, tradução literal para o português, surgiu nos anos 90, quando artistas tomaram aqueles quartéis militares do Exército da antiga Iugoslávia de forma pacífica para evitar que as construções fossem demolidas. Língua local incompreensível e fachadas que dizem pouco do que acontece lá dentro podem ser uma barreira, mas vale a pena explorar este surpreendente cenário balcânico de ambientes minúsculos frequentados, principalmente, por baladeiros locais com iluminação baixa, paredes com desenhos psicodélicos e som de batidas fortes.
Sarajevo (Bar Tito): O passado bélico parece mesmo não querer deixar aquelas terras que, há mais de 20 anos, ficaram destruídas pelos confrontos da violenta Guerra da Bósnia, entre 1992 e 1995. A capital da Bósnia ainda se recupera dos resultados desastrosos daquelas disputas por poder nos Bálcãs, mas ainda é possível ver resquícios da época como este estabelecimento que funciona como uma espécie de bar e museu alternativo que homenageiam o marechal Tito, o controverso ex-presidente da Iugoslávia. Destaques para o som eclético da casa (que vai do lounge ao rock) e ambientes onde capacetes militares funcionam como luminárias, espingardas estão emolduradas e as paredes são forradas de fotos e capas de revistas com o marechal em destaque. Com público formado por jovens universitários da região e som eclético, este bar é uma experiência histórica única para quem quiser beber as tradicionais canecas de cerveja com meio litro.
Zagreb (Aquarius Club): Os próprios jovens baladeiros croatas classificam o local como um clássico imperdível deste setor esportivo e de entretenimento da cidade ao redor do lago Jarun, no sudoeste da capital da Croácia. Seja inverno ou verão, o ponto de encontro de jovens e estrangeiros é o lago Jarun, região conhecida por seu complexo esportivo e praias com Bandeira Azul. Esta casa equipada com diversas salas com terraços recebe DJ’s residentes e convidados que animam noites temáticas com acid jazz, hip hop e R’n’B.
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