Viajantes de alma aventureira têm motivos suficientes para colocar o arquipélago de Fernando de Noronha na sua lista de viagens cobiçadas.
Mas entre todas as atividades que esse destino protegido oferece, a 543 km de Recife, o monitoramento da vida das tartarugas nas areias de Noronha é daquelas experiências que fazem crianças e adultos paralisarem diante de uma das mais autênticas e emocionantes atividades disponíveis no destino.
E o que é melhor: é de graça.

Todas às segundas e quintas, biólogos do Projeto Tamar realizam, na Baía do Sueste, a captura intencional de tartarugas marinhas, um programa que inclui a captura e marcação desses animais para o estudo de informações como taxa de crescimento, desova, rota migratória e todas outras informações dinâmicas.
Basta aparecer a dupla de estudiosos na praia, metidos nos seus inconfundíveis uniformes azulados do Tamar, para começar a se formar uma roda de curiosos em torno da recém chegada celebridade marinha.
Área demarcada na areia para evitar a aproximação dos curiosos, procedimentos para coleta e alterações das informações, e logo começa uma espécie de palestra de biologia naquela sala de aula sem paredes, em uma das mais belas praias de Fernando de Noronha.
“Monitoramos as tartarugas para garantir que os animais não tenham seu ambiente prejudicado. Mesmo com o aumento do turismo na ilha, medidas já são adotadas para garantir essa preservação”, explica Bortolon, biólogo gaúcho, há seis anos em Noronha.
O período reprodutivo desses animais vai de dezembro a junho e o Tamar organiza atividades de ecoturismo que incluem não só a captura intencional de tartarugas mas também o nascimento de filhotes que pode ser acompanhado pelos visitantes da ilha, onde é possível observar a demarcação de ninhos na praia do Leão e a soltura dos filhotes no mar.

Para essa atividade em especial, Bortolon adverte: “Não tem como a gente do Tamar agendar ou avisar com antecedência. Tem que estar aqui no dia certo”.
Uma das espécies encontradas em Fernando de Noronha é a tartaruga-de-pente, espécie considerada a mais tropical de todas as tartarugas marinhas e, criticamente, ameaçada no Brasil.
Com peso de até 150 kg, essas tartarugas costumam habitar recifes de corais e águas costeiras rasas, o que garante sua fácil visualização em praias e áreas de mergulho de batismo, em Fernando de Noronha.

A sede do Projeto Tamar, em Noronha, é conhecida também pelos ciclo de palestras que acontecem, desde 1996, no auditório do Centro de Visitantes.
Todos os dias, pesquisadores convidados encabeçam também encontram ambientais com acesso gratuito, às 20h, e com temas fixos (2ª feira: “Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha”; 3ª f.: “As tartarugas marinhas e o Projeto Tamar”; 4ª f.: “Golfinhos Rotadores”; 5ª f.: “Vivendo Noronha com Arte”; 6ª f.: “Tubarões”; sáb.: “A Vegetação de Noronha”; dom.: “Vivendo Noronha”).
Então já sabe, né? Rodinha de banhistas ao lado de biólogos de azul, é tartaruga no pedaço.
Projeto Tamar
www.tamar.org.br
Site de Fernando de Noronha
www.noronha.pe.gov.br
Econoronha
www.parnanoronha.com.br
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