Não tem como negar. Visitar a Serra Gaúcha, no Rio Grande do Sul, é fazer uma viagem de taça em taça por vinícolas da região.
E mesmo para quem já embarcou na manjada Maria Fumaça até o município de Carlos Barbosa ou encarou as (pouco criativas) visitas guiadas, acompanhadas de degustações, sempre tem uma novidade que justifica uma volta à região.
Neste post, você conhece atividades como um passeio off road por vinhedos da região, visita um jardim de vinho e até se programa para uma sessão de cinema na vinícola.
Tudo, a partir de Bento Gonçalves, uma das principais cidades da Serra Gaúcha.
CONHEÇA VINÍCOLAS
CAVE GEISSE
Nesse vinhedo de Pinto Bandeira, próximo a Bento Gonçalves, a visita é feita em carrinhos 4×4 que percorrem os antigos caminhos de mata virgem, usados pelos primeiros imigrantes europeus que chegaram à região.
Nessa espécie de visita off-road, entre xaxins de dois metros de altura e vinhedos, são feitas paradas em diferentes tipos de terroir da vinícola e em nascentes com pequenas quedas d’água, onde é feita a degustação em deques de madeira.
O Geisse Experience, como é chamada a visita, percorre cinco quilômetros de extensão e dura, aproximadamente, 1h30, com degustação de espumante no Espaço Zen. SAIBA MAIS
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‘Capital Nacional do Espumante’, Garibaldi é endereço da Peterlongo, a 10 km de Bento Gonçalves.
Uma das atrações de maior sucesso da vinícola é o Wine Movie Peterlongo, com projeções de filmes em uma tela, sob uma nogueira centenária do jardim da vinícola.

Nos dias mais frios, as sessões acontecem em áreas fechadas da empresa. E o climinha cinema tem também carrinhos de pipoca, algodão-doce, trufa, espumante, vinho e suco de uva.
A próxima sessão será no dia 14 de julho com o filme ‘Cartas para Julieta’.
Outro destaque da casa é o tour pela cave subterrânea feita com pedra basalto. A Peterlongo é a primeira vinícola brasileira a obter o direito de uso do termo champagne no país, de acordo com decisão do Supremo Tribunal de Justiça brasileiro.
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MIOLO

Numa terra de tradições, onde música italiana e comida farta se repetem em quase todas as atrações do destino, as boas experiências acontecem também no jardim de casa.
O wine truck dessa vinícola do Vale dos Vinhedos é uma espécie de bar a céu aberto, equipado com gazebos e tapetes sob as sombras dos plátanos do jardim. O local vende espumantes e vinhos em taças ou garrafas, além de acompanhamentos como empanadas chilenas e seleção de queijos.
DAL PIZZOL
Nessa vinícola do Distrito de Faria Lemos, em Bento Gonçalves, o visitante tem algumas das experiências mais sensoriais da região.
Localizada em uma área de oito hectares, a vinícola conta com lagos e área verde para passeio; uma pequena sala de exposição com uma coleção de mais de 200 saca-rolhas diferentes e 235 garrafas nacionais e estrangeiras; e degustação às cegas, em uma sessão guiada por um especialista que conduz atividades que estimulam a audição, olfato, tato e paladar.

Outro destaque é o projeto “Vinhedo do Mundo”, um espaço didático e experimental com mais de 400 variedades de uvas de mais de 30 países, como o Afeganistão, Irã, Romênia e Japão. O local é considerado a terceira maior coleção privada de uvas do mundo, “um santuário da cultura do vinho”, nas palavras de Rinaldo.
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DON GIOVANNI

A experiência mais aguardada nessa vinícola de Pinto Bandeira, distrito de Bento Gonçalves, é o pôr do sol, que pode ser visto de uma plataforma elevada com vista para vinhedos e plantações de girassol.
Desde 1995, o empreendimento conta também com uma pousada com sete apartamentos (diárias para casal de R$ 400 a R$ 700, com café da manhã).
No local, é possível também fazer um tour pelas instalações com degustação de cinco vinhos.
AURORA

Fundada em 1931, a vinícola é considerada a primeira casa do destino a receber visitantes com fins turísticos, em 1967. Só em 2016, 174 mil visitantes passaram por ali, segundo o enólogo André Peres.
Considerada uma das maiores da região, a vinícola guarda peças históricas como a pipa de 20 mil litros que foi usada como sala de degustação no início das atividades da vinícola. Atualmente, o local funciona como um pequeno museu, com acervo formado por garrafas antigas da Aurora.
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