Patrimônio da Humanidade pela UNESCO, o centro histórico de Cuenca rompe padrões.
Conhecida por suas construções do século 15 que se equilibram no topo de rochas que se debruçam sobre o Rio Huécar, essa cidade não segue o padrão das Plaza Mayor da Espanha e seu tradicional centro medieval é endereço de uma das mais completas coleções com obras de artistas abstratos de toda a Espanha.
Mas nesse antigo destino muçulmano, fundado no século 8, a regra é andar (e muito).

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A visita por esse município da província autônoma de Castilla-La Mancha pode começar pela Plaza Mayor, construção padronizada da Espanha que funciona como uma espécie de marco zero. Em Cuenca, a praça principal leva a vielas de pedras que terminam em mirantes sobre cânions e vales cortados por pontes, uma das vistas mais impactantes de todo o destino.

É ali que fica a Catedral de Cuenca (Catedral de Santa María y San Julián), Monumento Nacional desde o início do século passado e considerada a primeira construção, após o rei castelhano Alfonso VIII libertar essa cidade-fortaleza das mãos dos muçulmanos , em 1177.
Erguida sobre uma mesquita, a catedral tem influências das arquiteturas gótica, renascentista e barroca, resultado da construção que se segue até hoje, como as quatro torres da fachada que ainda não foram concluídas. Um dos destaques são os polêmicos vitrais abstratos do artista Gustavo Torner que, desde os anos 90, decoram o interior desse templo.

No entanto, o cenário mais famoso do destino são as Casas Colgadas (‘Casas Suspensas’, em português), construções dos séculos 15 e 16 que parecem flutuar sobre o Rio Huécar. De origem gótica e interior de madeira, essa curiosa arquitetura tem apenas três exemplares em Cuenca.
A mais conhecida delas é endereço do Museo de Arte Abstracto Español, em funcionamento em uma das três únicas casas colgadas da cidade, onde fica o acervo de pouco mais de cem obras, entre pinturas e esculturas.
Esse espaço cultural, inaugurado em 1966 pelo pintor hispano-filipano Fernando Zóbel, é um dos mais completos acervos de obras de artistas abstratos da Espanha, dos anos 50 e 60, e tem obras em salas que são como uma extensão do cenário que se desenha lá fora.

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[stextbox id=’servico’]SAIBA MAIS
Turismo de Cuenca
www.turismo.cuenca.es
Como chegar
De carro, a partir de Madri, a viagem segue pela A-40 e dura cerca de 1h20. Da estação Puerta de Atocha, na capital espanhola, saem trens até Cuenca, um percurso de 55 minutos, aproximadamente. Saiba mais: www.renfe.com[/stextbox]
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