O que fazer em Sergipe: da capital Aracaju ao Rio São Francisco

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enor estado brasileiro, Sergipe fez do rio o seu mar.

Com influência de águas fluviais que tingem suas praias com tons escuros, esse estado nordestino não tem o apelo visual das praias vizinhas e pode ser uma boa surpresa para quem já conhece outros destinos do Nordeste.

Para quem não pode ir muito longe, a capital Aracaju surpreende com bancos de areia em pleno rio que emergem, ao longo do dia, de acordo o movimento das águas. Em área urbana, o destaque é o Museu da Gente Sergipana, espaço multimídia que convida o viajante a fazer uma viagem visual e sonora por Sergipe.

Mas isso não é tudo nesse estado brasileiro pouco maior do que Israel.

Não muito longe da capital, os municípios de Laranjeiras e São Cristóvão são as versões históricas do turismo sergipano. Já no sertão, a história é contada às margens do rio São Francisco, em plena Caatinga, onde Canindé de São Francisco tem trilhas do cangaço, banhos no Velho Chico e arte rupestre.

O que fazer em Sergipe

ARACAJU

Museu da Gente Sergipana

Inaugurado em um edifício histórico que abrigou um colégio, é uma ode às tradições nordestinas com salas multimídia que levam a uma viagem por salas temáticas, como a do túnel com projeções em 360º de cenários como manguezais, praias e o rio São Francisco.

Orla Pôr do Sol

A “pequena notável” do Nordeste abriga essa orla na Praia do Mosqueiro, a última faixa de areia do litoral sul de Aracaju.

Com apenas 35 km de extensão, o litoral tem endereços inusitados, como a Ilha dos Namorados e a Croa do Goré, cujos passeios saem do Mosqueiro.

Bancos de areia

Próximo da capital, em passeios de cerca de 5h, é possível visitar bancos de areia que formam praias fluviais de acordo com a maré das águas do rio Vaza Barris.

Com saída da Orla Pôr do Sol, a 16 km da Orla de Atalaia, catamarãs fazem paradas na Croa do Goré e na Ilha dos Namorados.

RIO SÃO FRANCISCO

Navegação nos cânions

A partir de Canindé de São Francisco, a quase 200 km da capital, são 15 km de navegação até o Paraíso do Talhado.

É ali, sobre águas de tons esverdeados, que visitantes fazem um dos passeios mais simpáticos da região, uma navegação entre imensos paredões de granito avermelhado, a bordo de pequenas embarcações a remo.

Cangaço

Em julho de 1938, o cangaço teria uma de suas baixas mais significativas, quando Lampião, Maria Bonita e outros nove cangaceiros foram pegos de surpresa pela polícia alagoana, em uma emboscada na Grota do Angico, em Poço Redondo, vizinha a Canindé de São Francisco.

A trilha da época pode ser feita no Cangaço Eco Parque, onde os visitantes caminham 3,5 km (ida e volta) até o local.

Vale dos Mestres

Próximo ao povoado de Curituba, na fazenda Poço Verde, essa trilha passa por sítios arqueológicos com pinturas de mais de três mil anos e paredões de rochas esculpidas, naturalmente, ao longo do tempo, no leito do Rio Poço, um dos afluentes do São Francisco.

Nesse cenário de xiquexiques, mandacarus e formas lunares tem até quem acredite na existência de sinais de civilizações anteriores à chegada dos europeus no Brasil.

OUTROS ROTEIROS

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São Cristóvão (foto: Eduardo Vessoni)

Cidades históricas

Distantes do mar e do rio São Francisco, mas próximos da capital Aracaju, os municípios de Laranjeiras e São Cristóvão são as versões históricas do turismo sergipano.

A apenas 20 km de Aracaju, Laranjeiras é tombada pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) e costuma ser destino de tours de um dia que fazem bate e volta, a partir da capital.

Já São Cristóvão, na Região Metropolitana de Aracaju, esconde um dos mais belos cenários arquitetônicos do estado: a Praça São Francisco, declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco.


foto: Divulgação

Praia do Saco

A 74 km da capital Aracaju, no município de Estância, essa praia é considerada uma das mais belas de Sergipe.

A Praia do Saco é conhecida pela cenográfica Ilha da Sogra, um banco de areia temporário com um quilômetro de extensão, entre o rio e o mar; e pelos passeios de bugue, entre praias e dunas.

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