Longe de ter seu fim decretado, a pandemia de coronavírus segue fazendo estragos no turismo, um dos setores mais afetados.
De acordo com a IATA (Associação Internacional de Transporte Aéreo), a forte desaceleração e a lenta recuperação ameaçam quase 5 milhões de empregos em todo o setor da aviação, causando uma perda global de 46 milhões de empregos e de US$ 1,8 trilhão de atividade econômica, considerando que cada emprego na aviação está ligado a outros setores da economia.
Em nota enviada para o Viagem em Pauta nesta quarta-feira (7 de outubro), a associação alertou que, apesar da retomada das operações, a indústria do transporte aéreo deverá queimar US$ 77 bilhões de seu caixa no segundo semestre deste ano, quase US$ 13 bilhões mensais, o equivalente a US$ 300 mil por minuto.
Para a IATA, a queima do caixa das aéreas, provavelmente maior no segundo trimestre, já chegou a US$ 51 bilhões, sobretudo por conta de custos como juros de dívidas e reembolsos a passageiros.
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Até o momento, governos de diversos países já concederam US$ 160 bilhões em auxílios como subsídio a salários e alívios tributários específicos à indústria, incluindo impostos sobre combustíveis.
“Historicamente, o caixa gerado durante o período de pico no verão no hemisfério norte ajuda as empresas aéreas a passarem pelos meses menos movimentados do inverno. Infelizmente, a primavera e o verão desastrosos desse ano não permitiram formar esse colchão”, lamenta Alexandre de Juniac, diretor geral e CEO da IATA.
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