Ainda assim, antes da pandemia que paralisou o turismo mundial, tinha gente que pagava (e não era pouco).
Para celebrar o Dia da Antártica, que acontece sempre no dia 1º de dezembro, em referência à assinatura do Tratado da Antártica de 1959, o Viagem em Pauta relembra como é visitar um dos lugares mais inóspitos do mundo.
As viagens costumam ser feitas em navios quebra-gelo, adaptados para fins turísticos. Marcadas pela informalidade, as embarcações são conhecidas pelas atividades de entretenimento a bordo como workshops com especialistas em aquecimento global, geologia, vida no gelo e fotografia.
Mas o melhor da Antártica está do lado de fora.

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ANTÁRTICA OU ANTÁRTIDA
Ambos nomes estão corretos.
De origem grega, a palavra Antártica é usada como oposto a Anti-Ártico. Já a versão latina Antártida seria uma referência à Atlântida, a lendária ilha dos tempos de Platão.
Vale lembrar que o primeiro é adotado pelo governo brasileiro, inclusive nos documentos da PROANTAR, o programa da marinha nacional para estudos científicos na região.
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O que fazer na Antártica?
As atividades podem variar de acordo com cada embarcação e com as habilidades dos passageiros. Mergulhos, por exemplo, só podem ser feitos por pessoas credenciadas e com especialização em uso de roupa especial, conhecida como dry suite.
A Península Antártica, região mais ao norte do Continente Branco, é o destino com melhores condições climatológicas para os visitantes e atrai animais como pinguins, focas e baleias.
Entre as atividades programadas do lado de fora, é possível fazer trilhas curtas, passar a noite em um congelante camping selvagem e entrar no interior de um vulcão congelado.

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Dá para ver animais de perto?
Mais perto do que você imagina.
Só não fique a menos de cinco metros de distância da bicharada, regra seguida à risca pelos guias que desembarcam com os passageiros e que não hesitam em chamar a atenção dos transgressores.

Com entrada controlada de humanos, e animais que parecem não se importar com a chegada de forasteiros, a Antártica é como aqueles documentários de vida selvagem que a gente pensava existir só na televisão.
Prepare-se para ver, sem nenhum esforço e a poucos centímetros de distância, aves marinhas, baleias do tipo orca e cachalote, focas sobre placas de gelo e até no acampamento ao lado; e milhares de pinguins, como os de barbicha e gentoo.
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É frio?
Explorar regiões remotas como a Antártica exige flexibilidade por parte do viajante. Por isso, prepare-se para todo tipo de condição climática, cancelamento de atividades exteriores ou mudança de rota.
O clima na Antártica é instável e, em questão de minutos, tudo pode mudar.
No entanto, o verão na costa costuma ser de 0º, embora os ventos gelados sejam responsáveis pela sensação de frio. Em outubro, por exemplo, os termômetros marcam entre -7 e 0°C .
Nada de improvisar com as roupas que você levou para a última viagem para Bariloche. A Antártica é fria, sim, e exige uso de roupas especiais para temperaturas extremas como peças térmicas, corta-ventos e impermeáveis.
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Quanto custa?
Com a pandemia de coronavírus longe de chegar ao fim, a temporada turística na Antártica, que costuma ir de novembro a março, não deve acontecer em 2020.
Porém, empresas especializadas já estão comercializando viagens antártica para o verão 2021/2022.

Na Oceanwide Expedition, por exemplo, viagens para novembro do ano que vem estão sendo vendidos de US$ 8.500 a US$ 16.400, de acordo com o roteiro, que pode incluir também paradas nas ilhas Malvinas e na Georgia do Sul.
No entanto, não é raro encontrar promoções de última hora com descontos de mais de 50%, semanas antes do embarque. Se você tiver férias flexíveis, vale a pena arriscar deixar para se programar com menos antecedência.
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