Jardins mágicos, arquitetura em forma de onda e histórias contadas debaixo da terra. Parece conto de fadas, mas é museu.
Inaugurado no último verão europeu, em Odense, na Dinamarca, a H.C. Andersen’s House é uma cenográfica viagem pelo mundo do autor de histórias como ‘A Pequena Sereia’ e ‘O Patinho Feio’.
Único do gênero e considerado um dos mais ambiciosos projetos museológicos dos últimos tempos, o local ocupa uma área de nove mil m², dos quais dois terços são subterrâneos, e custou DKK 390 milhões (R$ 274 milhões, aproximadamente).

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“Andersen cativa crianças e adultos com suas histórias mágicas, nas quais pessoas de todo o mundo podem se ver até hoje”, descreve Ane Mærsk Mc-Kinney Uggla, presidente da A.P. Møller Foundation, principal investidora do novo museu.
Considerada uma exposição em si, a arquitetura da H.C. Andersen’s House tem projeto assinado pelo arquiteto japonês Kengo Kuma, cuja equipe esteve por trás do novo estádio olímpico de Tóquio, e também foi inspirada no conto “O Isqueiro”.
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A exposição
Design, luz, som e imagens são a base dos trabalhos dos 12 artistas de diversas nacionalidades envolvidos no projeto da H.C. Andersen’s House.
Um deles é o brasileiro Henrique Oliveira, artista paulista de Ourinhos conhecido pelas impactantes obras tridimensionais feitas com madeira reciclada, como a que ele expõe na H.C. Andersen’s House, inspirada no conto “Fyrtøjet” (“O Isqueiro”, em português).

“Henrique Oliveira cria instalações artísticas que transformam os lugares em que estão instaladas”, define Henrik Lübker, Diretor Criativo do local.
Formado pela ECA Escola de Comunicações e Artes) da Universidade de São Paulo, Henrique é a autor de obras que unem o urbano e o natural em instalações artísticas como ‘Baitogogo’, no Palais de Tokyo em Paris, e a exposição ‘Something from Nothing’ no Contemporary Arts Center de Nova Orleans, Louisiana, nos Estados Unidos.
O artista já realizou exposições individuais em locais como o Centro Cultural São Paulo e Anexo Millan (SP), na Galeria Van de Weghe, em Nova York e na Arthur Ross Gallery da Universidade da Pensilvânia, Filadélfia (EUA), Galerie Georges-Phillipe & Nathalie Vallois, em Paris (França) e no Gifu Museum of Fine Arts, em Gifu (Japão).

As obras expostas na H.C. Andersen’s House incluem também trabalhos da compositora dinamarquesa Louise Alenius, conhecida pela narrativa musical em interação com o público, e de sua conterrânea Veronica Hodges, que fez arte em papel, inspirada na história de ‘A Polegarzinha’.
A experiência sensorial no museu se completa com o serviço de fone de ouvido com áudios que integram o visitante às múltiplas instalações do museu.
Para as crianças, o espaço Ville Vau tem jogos e salas com cenários e adereços para os pequenos brincarem.
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