Confira programação do III Festival Mário de Andrade

BIBLIOTECA MÁRIO DE ANDRADE
Rua da Consolação, 94 – República

ABERTURA
Lavagem da escadaria da Biblioteca com Afoxé Omodé Oba e Mãe Lilian
(Dia 13 de outubro, às 15h, na entrada da Biblioteca Mário de Andrade)
Abertura do festival com o Afoxé Omodé Obá Mãe Lilian, que fará a Lavagem da Escadaria da Biblioteca com águas de cheiro e flores, dialogando com lavagens que acontecem na Bahia (Lavagem do Bonfim) e na França (Lavagem de Madeleine).


EXPOSIÇÕES
Eu Existo – Homenagem ao Sagrado
(De 13 a 15 de outubro, das 9h às 17h – Hemeroteca)
Arte visual afro-brasileira como forma de resistência, de reivindicação de espaço e de construção de narrativas alternativas, estabelecendo diálogo com a pesquisa de Mário de Andrade e utilizando capas de livros de Adbias do Nascimento, Cidinha da Silva, além de figurinos de Mestre Tião.

As missões de Mário de Andrade: identidades, encantos e desencantos
(De 13 a 15 de outubro, das 9h às 17h – Sala Tula Pilar)
Pequena mostra do acervo da Missão de Pesquisas Folclóricas, pertencente ao Centro Cultural São Paulo.

Mário de Andrade e a estética fotográfica modernista
(De 13 a 15 de outubro, das 9h às 17h – Sala de exposições do 3º andar)
Traz uma das paixões de Mário de Andrade, a fotografia, sobretudo seus registros feitos em suas duas grandes viagens da carreira: a Amazônia (1927) e o Nordeste (1928/29).

O Hall da Consolação abrigará também as exposições de artistas contemporâneos em diálogo com o acervo da Missão de Pesquisas Folclóricas, como “Povo de Oxóssi e Oxum”, “Povo de Exu”, “Povo de Ogum” e “Povo de Omolu”.


PASSEIO
Visita guiada: As missões de Mário de Andrade
(Dias 14 e 15 de outubro, às 11h e 14h – Sala Tula Pilar)
Rafael Costa realiza uma visita guiada com o público pela exposição “As missões de Mário de Andrade: identidades, encantos e desencantos”.

Caça ao Tesouro: da África para o Brasil
(14 de outubro, às 12h – Sala Infantil)
Idealizado pela Cia. Caruru, a atividade faz as crianças vasculharem os espaços da Biblioteca em busca dos tesouros das culturas africanas.

Artistas de Terreiro: Sheyla Ayo
(14 de outubro, às 14h – Jardim da Entrada)
Nesta atividade que coloca o corpo negro como agente do espaço público, Sheila Ayo passeia e dança entre os transeuntes, levando uma peneira com frutas e flores, enquanto um “tocador” de atabaques marca os seus passos.


INTERVENÇÕES ARTÍSTICAS
Saudação a Exu com Ogãs
(13 de outubro, às 10h – Auditório)
Nessa dança para a evocação dos orixás, conhecida como xirê, o Pai Toninho de Oxum e Ogã Alexandre Buda abrem a mesa ““Religiosidade, Identidade e Repressão: o Afro-Brasileiro na Missão”.

As paredes têm ouvidos
(De 13 a 15 de outubro, das 11h às 22h – saguão da Biblioteca Mário de Andrade)
A artista Bia Junqueira traz caixas de som escondidas em diversos pontos que tocam cantigas antigas, depoimentos e pontos de gira, retirados dos fonogramas originais da Missão de Pesquisas Folclóricas ou de gravações feitas por performers especialmente para o projeto.

Toré: Grupo Pankararu
(13 de outubro, às 13h – Auditório)
Apresentação de Toré, dança conhecida por seus toantes, feita em círculo com homens e mulheres que dançam e cantam com o maracá. Terá a presença de dez dançadores do povo Pankararu, vestindo os “roupões” (máscaras rituais) e com pintura corporal apropriada.

N O C O N F E S S I O N Á R I O: pecado é pedra preciosa do poema
(14 de outubro, às 15h30 – Sala Silenciosa)
Na performance da poeta e professora da UFPA Giselle Ribeiro, os passantes entram num confessionário para escrever, de maneira anônima, um pecado cometido ou desejado. Os textos serão recolhidos e depois transformados em poemas pela artista.

O Cabelo da Cirandeira é Ouro Puro
(14 de outubro, às 16h – Terraço)
Neste show Inédito terá Mestra Penha com apresentação de aboios vaqueiros, toques de gaita e ritmos das “tribos indígenas carnavalescas” com Mestre Jurandir Gaiteiro, e cocos de roda e das cirandas da Paraíba de Zé Silva.

Palavras de sarapantar: Leituras de Poemas Eróticos
(14 de outubro, às 16h30 – Sala Silenciosa)
O sexo, um dos temas da obra de Mário, é, nesta leitura, a força motriz das obras apresentadas por Isabella Martino, Luz Ribeiro, Matheus Guménin Barreto e Miriam Alves. Comum nos textos de Mário de Andrade, o verbo “sarapantar” significa “causar ou sentir perturbação, confusão, atordoamento, espanto”.

AfroDubVersivo
(14 de outubro, às 18h – Terraço)
Performance poético-musical de Nelson Maca centrada na fala ritmada e no canto falado.

Contação de histórias com Kaká Werá
(15 de outubro, às 12h – Sala Infantil)
Esse premiado escritor dá voz às histórias reunidas nas suas obras “A terra dos mil povos”, “As fabulosas fábulas de Iauaretê” e “Menino-trovão”.

Pergunte às Plantas
(15 de outubro, às 15h – Hemeroteca)
A educadora e artista visual Janaú propõe a investigação das plantas do espaço da Mário de Andrade, convidando os participantes a criarem textos a partir desse encontro. Também serão exploradas produções literárias de todo tipo que tematizem a relação entre humanos e o reino vegetal.

Ceuci, a mãe do pranto
(15 de outubro, às 17h – Sala Infantil)
Nessa contação de histórias, o escritor Cristino Wapichana comprova a importância das narrativas orais para os povos indígenas, fonte de conhecimento, respeito e empatia, transferida de geração em geração.

Noites de Mário de Andrade
(15 de outubro, às 20h – Auditório)
A Companhia do Latão apresenta textos teatrais e poemas cênicos pouco conhecidos de Mário de Andrade. A apresentação será seguida de conversa com Sergio Carvalho, diretor da Cia. do Latão e professor da ECA – USP.


MESAS DE DEBATES
Religiosidade, identidade e repressão: o afro-brasileiro na Missão
(13 de outubro, às 10h – Auditório)

Mesa com mediação do etnomusicólogo Alberto Ikeda (UNESP), acompanhado do pai-de-santo Pai Toninho de Oxum (Ile Asé Omo Ose Igbá Alatan), o antropólogo Dr. Vagner Gonçalves (UNESP), a Dra. Lígia Fonseca (UNESP), especialista na poesia de Luís da Gama, e a participação do ogã Alexandre Buda, idealizador do projeto “Na Batida do Atorí”.

Repatriação e Memória: etnografia, patrimônio e os povos originários na Missão
(13 de outubro, às 13h – Auditório)
A representante titular da etnia Pankararu, Clarice Pankararu, conversa com os pesquisadores Cyril Menta e Flávia Camargo Toni sobre metodologias etnográficas na formação de acervos museológicos e sobre políticas patrimoniais de preservação cultural.

Projeção Mapeada Mário de Andrade
(Dias 13, 14 e 15 de outubro, das 18h às 00h – Hemeroteca)
O Coletivo ILLUMEM fará essa projeção mapeada em uma empena da Biblioteca, famosa pela imagem de Mário de Andrade em grandes proporções.

Tacacá com Tucupi: Literatura e Comida
(14 de outubro, às 15h45 – Auditório)
Combinando literatura e gastronomia, a chef Helena Rizzo, o crítico gastronômico Arnaldo Lorençato, a mixóloga Néli Pereira e a pesquisadora Patty Durães discutem a interação entre essas duas áreas na formação da identidade brasileira.

A capa: porta entre o livro e o mundo
(15 de outubro, às 11h – Auditório)
Responsáveis pelas capas de importantes livros dos últimos tempos, os artistas Auá Mendes, Aline Bispo e Mauricio Negro conversam sobre esse elemento que é o nosso primeiro contato com uma obra, espécie de porta feita de formas, cores, palavras e texturas. A mediação é de Oga Mendonça.

Moda e decolonialidade
(15 de outubro, às 14h – Auditório)
Nesta mesa, a artista Karlla Girotto e a estilista Jal Vieira falam sobre a articulação de um movimento decolonial estético e político na moda, que vem tomando corpo em diversos países. A mediação é de Dudu Bertholini, designer e estilista.

Memórias e saberes ancestrais na Literatura
(15 de outubro, às 15h30 – Auditório)
Nesta mesa, os convidados são os escritores Sidnei Nogueira, Kaká Werá, Nei Lopes e Tatiana Henrique, que se valem de saberes ancestrais para constituir suas obras, permitindo novos modos de ver, sentir e compreender o mundo, em contraposição ao pensamento eurocêntrico.

PRAÇA DOM JOSÉ GASPAR

INTERVENÇÕES ARTÍSTICAS
Choro da Quitanda
(13 de outubro, das 10h às 11h)
O show marca o lançamento do primeiro disco do grupo, “Agora Foi”, trabalho que tem direção artística de Edmilson Capelupi e foi contemplado com o prêmio do 6º Edital de Apoio à Música do Município de São Paulo.

Brincadeira de todos os tempos
(De 13 a 15 de outubro, das 10h às 18h)
A Cia. TáDito organiza brincadeiras tradicionais brasileiras que apresentam a cultura nacional por meio de suas lendas e tradições populares.

DJ Evelyn
(13 de outubro – 11h às 12h / 15h às 16h / 19h às 20h)
A DJ Evelyn apresenta seu projeto “Balaio Groove”, uma compilação de beats, sonoridades, samples e canções que, passeando por diversos ritmos na música brasileira, homenageiam e exaltam a beleza rítmica e a força dos orixás.

Apresentações poéticas curtas
(13 de outubro, das 12h às 13h40)
Preto Téo, Daniela Rezende, Leonardo Castilho e Apêagá, pioneira da cena poetry slam, leem poemas e textos em prosa de sua autoria.

Jazz Riddim
(13 de outubro, às 14h)
O grupo une o improviso espontâneo do jazz a temas e gêneros jamaicanos que vão do mento ao dub, e do ska ao nyabinghi.

Cheganças
(13 de outubro, às 15h30)
Intervenção artística feita por artistas da cultura popular que cantam folias de reis, congadas, cirandas e outros ritmos do cancioneiro caipira.

AÍLA
(13 de outubro, às 16h)
A cantora AÍLA, uma das principais vozes do pop amazônico, sobe ao palco ao lado de Arthur Kunz (bateria), Allen Alencar (guitarra e voz) e João Paulo Deogracias (baixo e voz) para um show polirrítmico inspirado no novo álbum da cantora, “Sentimental”.

Mário pelas ruas
(De 13 a 15 de outubro, das 17h às 23h)
Uma carroça elétrica com um projetor, uma caixa de som e ricamente decorada com elementos simbólicos da cultura popular percorre as ruas do centro enquanto projeta imagens da Missão de pesquisas folclóricas de Mário de Andrade.

VHS Brasil
(13 de outubro, às 20h)
A festa VHS, um dos principais selos pop e LGBTQIA+ de SP, apresenta DJs, drag queens e bailarinos, será uma grande celebração da cena musical pop brasileira, com destaque para o trabalho de artistas queer.

DJ Odara
(14 de outubro, das 10h e 15h)
Filha de mãe angolana e pai carioca, essa DJ brasiliense apresenta uma música de inspiração tripla, misturando elementos africanos, brasileiros e latinos.

Grupo na Aba de Jorge
(14 de outubro, às 12h)
O Grupo interpreta gêneros da música brasileira como samba de raiz, samba rock, MPB e forró, além de músicas autorais.

Samba de Dandara
(14 de outubro, às 14h)
Espetáculo de empoderamento e exaltação às mulheres sambistas, às grandes compositoras, às grandes intérpretes e às guerreiras do samba.

Alzira E
(14 de outubro, às 16h)
A cantora apresenta “A inspiração vem de onde”, show intimista de voz e violão no qual a artista permeia os quase 45 anos de trabalho como compositora e intérprete.

Francisco, El Hombre canta Novos Baianos
(15 de outubro, às 18h)
A banda fará uma homenagem ao segundo álbum dos Novos Baianos, ao interpretá-lo na íntegra com novos arranjos, mesclando o rock psicodélico do grupo baiano com a latinidade do quinteto.

PRAÇA DAS ARTES
Avenida São João, 281 – Centro Histórico de São Paulo

EXPOSIÇÃO
O Vestir na Missão
(De 13 a 15 de outubro, das 9h às 21h – Vão Livre)
Exposição de fotos impressas em tecidos que retratam as roupas das pessoas dos registros da Missão de Pesquisas Folclóricas, estabelecendo assim o vestuário como marcador de individualidades, territórios e funções do trabalho ou da vida cotidiana.


MÚSICA
DJ Flávia Durante
(Dia 13 de outubro, às 16h – Vão Livre)
Neste show, a DJ, designer de moda plus-size e pesquisadora de sonoridades Flávia Durante apresenta música brasileira, hits esquecidos e novidades do underground.

MCs Gabriela Rabelo e Walter Breda
(De 13 a 15 de outubro, das 18h às 21h – Vão livre)
Os mestres de cerimônia convidados desse palco são o premiado ator, dublador e produtor Walter Breda, com mais de 60 anos de carreira, e a igualmente premiada atriz, diretora e professora Gabriela Rabelo, doutora pela ECA-USP.

Letrux + Jadsa
(14 de outubro, às 16h – Sala do Conservatório)
A dupla apresenta um show pensado especialmente para o festival Mário de Andrade.

Metá Metá convida Jards Macalé
(14 de outubro, às 20h30 – Vão Livre)
Formado por Juçara Marçal, Kiko Dinucci e Thiago França, o conjunto convida Jards Macalé para uma apresentação que passa por composições históricas desse ícone da nossa canção popular.


INTERVENÇÕES ARTÍSTICAS
Mariofagia
(13 de outubro, às 17h30 – Vão livre)
Espetáculo da Companhia Jovem de São Paulo que une a voz de Mário de Andrade a diversos colaboradores contemporâneos, desafiando convenções musicais e mantendo vivo o espírito da Semana de Arte Moderna.

Performance da Mãe Marisa de Oyá
(13 de outubro, às 20h30 – Espaço de convivência)
Apresentação da dirigente do Ilê Asé Oyá Mesan e Ogun e ativista Mãe Maria de Oyá.

Ilú Obá De Min
(13 de outubro, às 21h – Vão Livre)
Esse coletivo de mulheres conta com 400 integrantes com inspiração e o foco voltados à mulher negra e à cultura afro-brasileira.


MESAS DE DEBATE
Reescrevendo o Brasil: A Missão 85 anos depois
(13 de outubro, às 18h30 – Espaço de convivência)
Mediados pela poeta e pesquisador Heleine Fernandes, os convidados Geovani Martins, escritor das favelas do Rio de Janeiro, Ana Maria Gonçalves, ex-publicitária e romancista, e Davi Kopenawa, xamã e líder político Yanomami, discutem o aniquilamento de grupos marginalizados e suas histórias na formação do Brasil.

Ir, ver e contar”: a escrita de cadernos de viagens
(15 de outubro, às 17h – Espaço de convivência)
Mediados pelo jornalista de viagens Eduardo Vessoni, editor do Viagem em Pauta, os autores Auritha Tabajara, José Henrique Bortoluci e Natalia Timerman conversam sobre a escrita do deslocamento, inspirados pelos relatos das viagens de Mário de Andrade.

Giovani Cidreira + Linn da Quebrada + Alice Caymmi
(15 de outubro, às 17h30 – Sala do Conservatório)
Giovani Cidreira, compositor e musicista acompanhado pelo piano e por Linn da Quebrada e Alice Caymmi, apresenta músicas de seu último disco, “Nebulosa Baby” e faz releituras de obras clássicas da música brasileira.

Tom Zé
(15 de outubro, às 19h – Vão Livre)
O show celebra os 50 anos de lançamento do álbum histórico “Todos os olhos” (1973), tido como um dos seus álbuns mais importantes, marcado por composições inventivas e angustiadas, entre elas as clássicas “Augusta, Angélica e Consolação”, “Brigitte Bardot” e “Todos os Olhos”.

* Para conferir a programação com essas e outras atividades, acesse o site da Cidade de São Paulo.