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Antigo esconderijo de piratas e endereço de animais endêmicos, o arquipélago de Juan Fernández é um dos lugares mais inóspitos do Chile.
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Esse conjunto de ilhas fica a 670 km da costa chilena e deu origem a um clássico da literatura mundial, o livro ‘Robinson Crusoé’.
Domínio Público
O arquipélago é formado por Más a Tierra, ilha que serviu de abrigo para Selkirk; Más Afuera, por ser a mais distante delas; Santa Clara e outras ilhotas.
Domínio Público
Juan Fernández é parque nacional desde 1935 e, em 1977, foi declarada Reserva da Biosfera pela UNESCO, um habitat de animais como lagostas e lobos marinhos.
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É considerado também endereço de um dos maiores índices de endemismo do mundo, onde 100% das árvores nas florestas locais só existem ali.
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Outra espécie só encontrada nesse laboratório da natureza é o beija-flor de Juan Fernández, ave declarada monumento natural do Chile, desde 2006.
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Archipiélago Expediciones
Referência mundial de mergulho com cilindro, o arquipélago é conhecido pelas excelentes condições marinhas para prática da atividade, cuja visibilidade é de até 25 metros.
Archipiélago Expediciones
É famoso também pelos mais de 50 km de trilhas, como a Rota do Marinheiro Escocês que passa por locais como a cabana que abrigou o escocês Alexander Selkirk.
Chile es Tuyo
Em 1966, a moradora local e escritora uruguaia Blanca Luz Brum sugeriu ao então presidente do Chile, Eduardo Nicanor Frei Montalva, a mudança dos nomes das ilhas.
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Assim, Más a Tierra passava a se chamar ilha Robinson Crusoe, e Más Afuera era rebatizada como ilha Alejandro Selkirk, onde o escocês nunca pôs os pés.
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Selkirk é considerado o “verdadeiro Robinson Crusoé”, pois viveu isolado em Juan Fernández por mais de 4 anos.
Visit Scotland/Paul Tomkins
San Juan Bautista, único local com população permanente no arquipélago, tem até uma estátua em homenagem a Robinson Crusoé.
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Minutos depois, Juan Fernández era tragada pelo mar, matando 12 pessoas e deixando desabrigada a população de Robinson Crusoe, os primeiros chilenos atingidos pela onda gigante.
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O fenômeno natural arrastou parte do povoado para o mar, formando um tapete de escombros marinhos, um dos mais graves problemas ecológicos na região.
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Em setembro do ano seguinte, um avião militar com 3 tripulantes e 18 pessoas que viajam com o objetivo de ajudar na reconstrução da ilha caiu violentamente no mar.
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Sem combustível para voltar ao continente e após duas tentativas, os pilotos tentaram um terceiro, mas a neblina e a força dos ventos cruzados seriam fatais para os tripulantes.
Archipiélago Expediciones
Sem sobreviventes, a tragédia é o pior acidente da história da aviação chilena desde 1982, quando um avião da Aeronor Chile caiu próximo de pousar em La Serena, matando 46 pessoas.
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