Classificada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) como uma cepa “preocupante”, a Ômicron parece o retorno de uma pesadelo que, equivocadamente, a gente pensava já ter superado.
Fronteiras foram fechadas novamente, passageiros se viram outra vez desassistidos por governos e companhias aéreas, e palavras como “quarentena” e “lockdown” voltaram a fazer parte do dia a dia de algumas cidades.
Confira respostas para alguns dos questionamentos sobre a Ômicron, a nova variante do coronavírus, segundo nota divulgada pela Organização das Nações Unidas.
1.
De acordo com a OMS, a classificação foi baseada na evidência científica de que a variante tem muitas mutações que influenciam no comportamento do vírus. Pesquisas ainda estão sendo feitas para avaliar as taxas de transmissão, gravidade e risco de infecção.
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Detectada em cerca de 50 países (e o sul da África é só uma mínima parte do problema global), a Ômicron está em várias regiões do mundo e tem alta possibilidade de se espalhar.
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Quanto mais circula causando infecções, maior é a probabilidade do vírus mutar. Por isso, não é exagero dizer que a pandemia da Covid-19 está longe do fim. Vacinação, uso de máscara e álcool em gel, distanciamento social e boa ventilação de áreas fechadas ainda são medidas importantes para caminharmos para o fim da pandemia.
4.
Para Mike Ryan, um dos diretores da OMS, a Ômicron aparenta ser mais severa que a variante Delta, por exemplo, embora ainda sejam aguardados resultados mais precisos. Por outro lado, o órgão lembra que todas as variantes podem causar doença severa ou morte, incluindo a Delta, atualmente, a mais dominante em todo o mundo.
5.
Em comparação com outras variantes como a Delta, a Ciência ainda não tem uma resposta definitiva sobre o alcance da Ômicron. Na dúvida, vacinar-se e tomar precauções como evitar lugares lotados, manter o distanciamento e usar máscara ainda são as melhores prevenções.
6.
Apesar da divulgação de listas com os sintomas exclusivos da Ômicron, a ONU afirma que “não existe outra informação evidenciando que a Ômicron cause sintomas diferentes de outras variantes da Covid-19”.
7.
Embora ainda seja cedo concluir que os imunizantes dão conta da nova variante, a OMS acredita que é possível que as atuais vacinas podem oferecer alguma proteção contra a doença severa e a morte pela doença.
8.
Segundo a OMS, pessoas que já tenham tido a doença podem voltar a ser contaminadas mais facilmente, em comparação com outras variantes.
9.
A OMS e a ONU não divulgaram ainda uma resposta definitiva para essa pergunta. Porém, alertam que interações entre pessoas não vacinadas favorecem a contaminação.
10.
Sim, os exames de PCR continuam detectando a infecção de Covid-19, mas as pesquisas continuam para avaliar se existe um impacto sobre outros tipos de testagem incluindo os testes rápidos de antígeno.
10 perguntas sobre a Ômicron
texto: Eduardo Vessoni fonte: ONU / OMS / OMT fotos: ONU / Unsplash vídeos: Coverr