Que viagem, hein, Marco Polo? 

Após 17 anos por estradas do Oriente, o mercador veneziano “escreveu” o livro 'As viagens’.

Na verdade, suas histórias foram ditadas a Rustichello, um dos detentos que dividiam a prisão com Marco Polo, após batalha naval entre genoveses e venezianos, no século 13.

Tenho o dom dos negócios, mas não da pena”

(Marco Polo)

O subtítulo “Il Milione” (“O Milhão”) dado por eruditos da época se refere aos números exagerados que aparecem na obra de Marco Polo.

foto: Meritxell Álvarez Mongay/Flickr

Em Quinsai, “melhor cidade do mundo”, atual Hangzhou, Polo diz ter 12 mil pontes de pedras e 3 mil banhos públicos, “tão grandes que cabem, de uma vez, cem pessoas”

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Marco Polo descreve também cidade de 160 mil chaminés e palácio de mil aposentos.

foto: Meritxell Álvarez Mongay/Flickr

No Quian, “o maior rio do mundo”, Polo diz ter visto, ao mesmo tempo, “cinco mil navios mercantes”.

O viajante conta histórias como a de leopardos amestrados, leão que se curva aos pés do Grande Khan e uma cobra com 10 palmos de espessura, dentes enormes e garras de leão.

Na fronteira com a Índia, conta sobre bosques cheios de unicórnios, que na verdade eram rinocerontes, ainda desconhecidos dos ocidentais.

Em Giandu, na Mongólia, visitou o palácio de verão de Kublai-Khan, descendente de Gêngis-Khan, que era desmontado e guardado quando o senhor dos tártaros ia embora.

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Acompanhado do pai Niccolò e do tio Matteo, Marco Polo começou essa viagem aos 17 anos e passou por diversas cidades sob comando do Grande Khan, senhor dos tártaros.

O trio, os primeiros europeus a pisarem em Pequim, na China, passou por cidades da Rota da Seda, antigo caminho comercial entre a Europa e o Extremo Oriente.

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O veneziano é considerado o único mercador europeu da época a deixar impressões registradas do Oriente.

MARCO POLO

Tive milhões e milhões de aventuras. O que eu contei a vocês não é nem a metade do que vi”

texto: Eduardo Vessoni

fonte: "As Viagens" (editora Martin Claret)

fotos: Creative Commons/Domínio Público