Caverna “perdida” é encontrada em Minas Gerais
Uma equipe mineira de espeleólogos, geógrafos e químicos do Centro Universitário Newton Paiva acaba de divulgar a descoberta da Lapa de Quatro Bocas, em Curvelo.
Perdida na região central de Minas Gerais, há mais de 100 anos, a caverna foi reencontrada a partir dos relatos e mapas deixados em 1835 pelo dinamarquês Peter Lund, o pai da espeleologia no Brasil.
Registrada atualmente como Gruta do Tatu, a caverna descoberta por Lund há quase dois séculos já tem mais de 1 km de extensão, cujo interior amplo poderia receber até um ônibus de dois andares.
A Gruta do Tatu, de idade desconhecida, tem espeleotemas como estalactites, estalagmites e cortinas.
Uma das descobertas mais intrigantes da gruta é a colônia de mais de dez mil morcegos e guanos (acúmulo de fezes do animal) com mais de um metro de altura.
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- Luciano Emerich Faria químico e espeleólogo
Tem também vestígios, como cacos de cerâmica e ossos de animais, que comprovam que houve algum tipo de ocupação na gruta”.
Mapa original da Lapa de Quatro Bocas feita por Peter Lund (atual Gruta do Tatu), em Curvelo.
A descoberta de 2021 coincide com o aniversário de 220 anos do nascimento de Peter Lund e o Ano Internacional das Cavernas, segundo a União Internacional de Espeleologia.
A Gruta de Maquiné, em Cordisburgo, é um dos atrativos mais famosos da região.
Conhecida também como Lapa Nova de Maquiné, tem 650 metros de extensão, divididos em sete salões naturais.
A Gruta de Maquiné é considerada a primeira gruta iluminada do Brasil e local de algumas das pesquisas paleontológicas mais importantes no país, feitas pelo cientista Peter Lund.
texto e edição: Eduardo Vessoni fonte: SBE (Sociedade Brasileira de Espeleologia) / professor Luciano Emerich Faria / Centro Universitário Newton Paiva fotos: Divulgação / Wikimedia Commons / Flickr