Conheça o verdadeiro Robinson Crusoé

Visit Scotland/Paul Tomkins

Escrito pelo inglês Daniel Dafoe, ‘Robinson Crusoe’ é um clássico da literatura de aventura.

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Esse livro de 1719 conta a história de um náufrago que viveu por 28 anos isolado em Trindade e Tobago, no Caribe, próximo da Venezuela.

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Mas a trama é baseada na história real de Alexander Selkirk, escocês voluntariamente deixado em uma das ilhas de Juan Fernández, arquipélago no Chile, a 670 km da costa.

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Selkirk é considerado o “verdadeiro Robinson Crusoé”.

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Esse marinheiro de Lower Largo, em Fife, na Escócia, viveu no Chile, entre 1704 e 1709, isolado em “Más a Tierra”, uma das ilhas do arquipélago Juan Fernández.

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Lower Largo, na Escócia, abriga uma estátua de bronze em tamanho real de Selkirk que fica do lado de fora da antiga casa do marinheiro.

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A vila tem até hospedagem no “101 Robinson Crusoe's Retreat”, propriedade que fica no mesmo edifício onde Selkirk nasceu, em 1676.

Robinson Crusoe Retreat Cottages

Aos 28 anos, Selkirk foi nomeado Mestre de Vela no 'Cinque Ports', corsário com 16 canhões destinado a atacar navios espanhóis, na Guerra da Sucessão Espanhola.

Robinson Crusoe Retreat Cottages

Mas a expedição foi um desastre e Selkirk temia que o navio em péssimas condições afundasse.  Para se salvar, pediu para desembarcar na próxima ilha que encontrassem.

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Seu destino foi então ficar na chilena ‘Más a Tierra’, atualmente conhecida como Ilha Robinson Crusoe, um antigo esconderijo de piratas.

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Juan Fernández foi descoberto casualmente pelo espanhol que dá nome ao arquipélago chileno, na metade do século 16.

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Selkirk desembarcou apenas com um bau com roupas, exposto no National Museums Scotland, algumas arma, ferramentas, tabaco e uma Bíblia.

National Museums Scotland

Brooklyn

Por mais de 4 anos, suas únicas companhias eram gatos selvagens, ratazanas que roíam seus pés, e cabras, cuja pele foi “costurada” com prego para servir de roupa.

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Alexander Selkirk só saiu de lá em 1709 com a ajuda do inglês Woodes Rogers (à dir.), que mais tarde seria o 1º governador de Bahamas e um temido caçador de piratas.

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Woodes Rogers

“Na ilha encontramos um certo Alexander Selkirk, um escocês que sobreviveu 4 anos e 4 meses sem conversar com nenhuma criatura, não tendo companhia senão cabras selvagens”

De pés descalços por tantos anos, dizem que o náufrago forçado levaria semanas para conseguir usar sapatos.

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