O que viajantes famosos têm a dizer sobre desastres ambientais?
foto: Rogério Alves/TV Senado
Mais do que descobertas científicas, certas viagens históricas adiantaram em algumas décadas a discussão de um dos assuntos mais urgentes: nossa relação com o meio ambiente.
Saiba o que viajantes famosos como Humboldt, Darwin e Rondon têm a nos ensinar sobre desastres ambientais.
Para o alemão Alexander Von Humboldt, tudo está interligado, em uma Natureza que é um reflexo do todo.
imagem: Editora Crítica
Após expedição na América do Sul, entre 1799 e 1804, Humboldt se tornaria “o primeiro cientista a falar de alterações climáticas causadas pelo homem”, segundo a biógrafa Andrea Wulf.
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Humboldt falou de desmatamento de florestas para gerar energia, poluição industrial e drenagem de áreas alagadas para cultivo.
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Para a autora, Humboldt é “o pai do movimento ambientalista”, ao relacionar a ação humana com a degradação da Natureza.
CHARLES DARWIN
Há quase 200 anos, esse naturalista também rascunhou o futuro, ao abordar temas como desmatamento, derretimento de geleiras e trato de animais.
Entre 1831 e 1836, Darwin deu a volta ao mundo no Beagle, barco a velas comandado por Fitz Roy. Aos 22 anos, coletou dados que fundamentaram o Evolucionismo.
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Voltando para casa, o jovem cientista Charles Darwin fez uma parada em Santa Helena, onde mal pôde ver uma árvore.
foto: St Helena Tourism
Isolada no Atlântico Sul, a cinco dias de barco da Cidade do Cabo, é uma das ilhas mais isoladas do mundo, cuja terra firme mais próxima fica a mais de mil km dali.
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Enquanto foi território britânico, essa terra vulcânica viu o verde ser substituído pela aridez, causada pela demanda de lenha para os primeiros colonos e a introdução de cabras e porcos selvagens.
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Charles Darwin sobre Santa Helena
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É tão deserto que nada (…) poderia me fazer acreditar que algo algum dia teria crescido ali”
Cândido Rondon, o “Domador dos Sertões”, foi como um novo descobridor do Brasil com suas complexas expedições para instalação de telégrafos em áreas remotas da Amazônia.
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Esse militar pacificador era conhecido pelos contatos não-violentos com indígenas que nunca tinham visto um homem branco.
foto:Domínio Público
Rondon ia desacompanhado em algumas aldeias, participava de rituais e pedia permissão para construção de telégrafos em terras indígenas.
foto:Domínio Público
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- CÂNDIDO RONDON
Morrer se for preciso, matar nunca”