Mário de Andrade na Amazônia ganha livro ilustrado

Recentemente, o ilustrador Fernando Pires lançou esse livro com trechos dos diários de bordo que Mário de Andrade escreveu em sua viagem na Amazônia.

Em uma de suas viagens mais longas de toda sua vida, Mário de Andrade esteve no Norte do Brasil, entre maio e agosto de 1927.

Editora Abacatte/Reprodução

De barco, Mário subiu o litoral brasileiro até a Amazônia e esteve em locais como Belém e Santarém (PA), Manaus e Tefé (AM), e Iquitos, Capital da Amazônia peruana.

Domínio Público

O ilustrador Fernando Pires se baseou nesse livro póstumo que em 1976 ganhou edição anotada pela pesquisadora Telê Ancona Lopez.

Reprodução

Em 2015, a convite do IPHAN, Telê e a também pesquisadora Tatiana Longo publicariam ainda uma edição de texto apurado, anotado e com documentos relacionados ao ‘O Turista Aprendiz’.

Reprodução

Lendo ‘O Turista Aprendiz’, você consegue entender o humor de Mário. É um grande barato. Apesar do lirismo e dos sentimentos profundos, é um texto com um tom muito alegre.”

O título comprido do livro de Fernando Pires é inspirado em “Há uma Gota de Sangue em cada Poema”, que Mário de Andrade publicou, aos 24 anos, sob o pseudônimo de Mário Sobral.

Há uma gota de poesia em cada rio da Amazônia”

O ilustrador se inspirou em centenas de imagens que o próprio Mário registrou com sua “codaque”, como o poeta chamava sua câmera fotográfica.

Fernando Pires

O texto em papel carbono azulado foi também inspiração para as letras do livro ilustrado, como se o poeta acabasse de escrever aquelas histórias em sua 'Manuela', como era chamada sua máquina de escrever.

Reprodução

Embora seu livro tenha trechos retirados do livro original, Fernando traz atualizações criativas das tantas histórias que Mário viveu (e sonhou) na Amazônia.

Fernando Pires

Em um dos seus pesadelos mais alegóricos em ‘O Turista Aprendiz”, Mário sonhou com um hotel de uma “enormidade de andares”, onde era atacado por diversas pessoas.

Fernando Pires

Para o poeta, era mais um daqueles sonhos cheios de Mários. Para Fernando, inspiração para imaginar um videogame com o escritor 300-350.

Fernando Pires

“Não tem nada de mais, nenhuma originalidade, mas prova que não fui feito pra viajar, meu destino é viver em casa, entre meus livros, sem lidar com gente muito estranha.”

Fernando Pires

O livro traz também trechos de cartas que Mário trocou com alguns de seus amigos modernistas, como Manuel Bandeira e o jovem Carlos Drummond de Andrade.

Fernando Pires

O livro traz também textos extras com pedaços de cartas que Mário trocou com alguns de seus amigos modernistas, como Manuel Bandeira e o jovem Carlos Drummond de Andrade.

+ web stories

Eduardo Vessoni