Conheça a região da Suíça que inspirou o bairro Interlagos, em São Paulo

Nos arredores não há montanhas de neve macia, estações de esqui nem lagos de águas alpinas.

Mesmo assim, São Paulo abriga uma espécie de Suíça brasileira (ainda que seja apenas no projeto e nada por ali lembre cidadezinhas aos pés dos Alpes).

Na década de 20, o engenheiro britânico Louis Romero Sanson e o urbanista francês Alfred Agaches davam forma a um projeto urbanístico de uma cidade-satélite em São Paulo, cujo nome era uma referência a Interlaken, destino turístico da Suíça, entre os lagos Thurn e Brienz.

foto: Divulgação

Entre as represas Billings e Guarapiranga, surgia então o bairro Interlagos, na Zona Sul da cidade.

Assim como lembra o historiador Paulo Scali, autor do livro Autódromo de Interlagos, “Louis Romero Sanson comprou o terreno onde fez o aeroporto de Congonhas e também passou a lotear os terrenos em Interlagos”. Segundo histórico da Prefeitura de São Paulo, o projeto pretendia “atrair os mais ricos e abastados moradores da capital”.

Em 1940, a região ganhava o Autódromo de Interlagos, que em maio deste ano completa 80 anos.

Região de Interlaken, na Suíça (foto: Eduardo Vessoni)

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Interlaken

Localizada no cantão de Berna, essa cidade alpina é um dos destinos turísticos mais visitados da Suíça, escondida entre montanhas icônicas do país, como Eiger e Jungfrau, cujo nome significa “virgem”, em alemão, em referência à neve macia de seus paredões rochosos.

A cidade é ponto de partida para a Jungfraujoch, considerada a estação de trem mais alta da Europa, a mais de 3400 metros de altitude.

Inaugurada em 1912, a estação começou a ser construída em 1896 e é um impressionante projeto da engenharia ferroviária, uma estrada de ferro em zigue-zague que rasga sete km de túneis, entre montanhas nevadas.

Palácio de Gelo, em Jungfraujoch (foto: Jungfraujoch / Reprodução)

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A estação de trem mais alta da Europa

A Jungfraujoch é um complexo turístico que abriga um observatório astronômico de 1931, o Palácio de Gelo com esculturas feitas sob uma geleira em constante movimento, e o Alpine Sensation com salas que homenageiam a construção da ferrovia.

Entre as opções para aventureiros é possível também fazer passeios em kart de montanha, trilhas de bicicleta e até uma tirolesa sentada com 800 metros de extensão.

É lá do alto que os viajantes descobrem porque os trens e as altas montanhas geladas da Suíça são alguns dos orgulhos nacionais desse discreto e impressionante país do Velho Continente.

foto: Eduardo Vessoni

A viagem de Interlaken Ost até a estação de trem mais alta da Europa tem duração de 2h30 e cruza cenários como povoados isolados com acesso apenas por vias férreas e o Vale de Lauterbrunnen, inspiração para a saga “O senhor dos anéis”.

A propósito, a Suíça abriga a “maior densidade mundial de trens” e estações como a agitada Zurich Altstetten, em Zurique, chega a receber 2050 trens por dia, segundo o Swiss Travel System.

SAIBA MAIS

Jungfraujoch
www.jungfrau.ch

Site do turismo oficial da Suíça
www.myswitzerland.com

Trens na Suíça

www.sbb.ch

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