Maior do que o estado de Sergipe, esse destino no leste do Tocantins é uma terra de contradições.
O Jalapão é desértico e, ao mesmo tempo, fonte de águas cristalinas. Daí o título “Deserto das Águas”, em referência à baixa densidade demográfica da região (menos de um habitante por km²), e à grande quantidade de veredas.
Em uma área de mais de 34 mil km², dunas tão douradas quanto o artesanato feito com as sempre-viva do Cerrado dividem espaço com convenientes poços naturais, escondidos entre bananeiras e com águas azuladas que não nos deixam afundar.
VEJA ATRAÇÕES DO JALAPÃO
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Dunas
Essas dunas cercadas por chapadões, são uma das imagens mais conhecidas do Jalapão.
Formado há milhões de anos pela erosão das rochas arenosas da Serra do Espírito Santo, o atrativo natural costuma ser procurado para observação do pôr do sol, responsável pelos tons alaranjados dessas montanhas de areia de até 40 metros de altura.
Serra do Espírito Santo
A trilha puxada de 900 (íngremes) metros costuma começar cedo, a fim de alcançar o platô da serra antes do sol forte.
Do alto, percorrem-se outros três km em terreno plano até um mirante de onde é possível ver falésias de arenito com 150 milhões de anos e parte do Parque Estadual do Jalapão.
Cachoeira da Velha
Este é outro clássico do destino, considerado a maior cachoeira do Parque Estadual do Jalapão, cuja queda d’água em forma de ferradura tem 15 metros de altura. De águas potentes e volumosas, a cachoeira é daquelas apenas para contemplação, sem nenhum possibilidade de banho.
Já a Cachoeira do Formiga, sim, é daquelas com águas que convidam para banhos, em uma piscina natural de tons esmeraldas, rodeada por uma floresta de samambaias e alimentada pelo Rio Formiga.
Caiaque
Essa atividade no Rio Novo costuma ser oferecida aos clientes que fazem o safári da Korubo, uma das empresas pioneiras no destino.
A bordo de caiaques coloridos, os visitantes descem pequenas corredeiras desse curso de águas mais agitadas que fazem subir o nível de adrenalina, em alguns pontos da descida.
Cânion Suçuapara
A 20 km de Ponte Alta do Tocantins fica esse que é considerado um dos poucos atrativos frescos de todo o Jalapão.
Trata-se de uma fenda em rochas de arenito por onde águas frias escorrem por paredões de 25 metros de altura com samambaias e raízes de árvores.
Fervedouros
Conhecidas também como ‘ressurgência’, essas nascentes subterrâneas de águas transparentes são sempre rodeadas por bananeiras.
O atrativo é famoso pelos banhos em águas, extremamente cristalinas, cuja pressão no solo arenoso evita que o visitante afunde.
Capim dourado
O destino é conhecido pelo artesanato com capim dourado e seda de buriti, uma das principais fontes de renda das comunidades.
A arte, em forma de bolsas, bijuterias e utensílios para casa, pode ser encontrada nas paradas em cidades que fazem parte do Jalapão.
O JALAPÃO
A 250 km de Palmas, capital do Tocantins, fica próximo aos limites com a Bahia, Maranhão e Piauí, e abrange cidades como Mateiros, Novo Acordo, São Félix do Tocantins e Ponte Alta do Tocantins, a 195 km de Palmas, capital do Tocantins.
Por ali, os dias começam quentes e as estradas de areia fofa e sem sinalização não são para forasteiros de primeira viagem. Por isso, o ideal é viajar acompanhados pelos serviços de agências que atuam no local com carros 4×4.
Quem leva
Korubo: Empresa pioneira no ecoturismo sustentável no Jalapão, conhecida pelas viagens em um caminhão adaptado, como aqueles que cortam savanas africanas, e pernoites em um glamping, uma espécie de camping com mais conforto. Em outras palavras, um safari camp com tendas equipadas com banheiro individual e comida preparada ali mesmo.
40° no Cerrado: Tocada por um gaúcho que atua na região desde 2001, essa agência voltada para grupos pequenos e com roteiros alternativos pelas regiões do Jalapão, Ilha do Bananal e as cachoeiras de Taquaruçu, que aliás é um excelente combinado para quem fica mais alguns em Palmas.
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