Conheça a 1ª mulher a voar sozinha no Oceano Atlântico


Bem que a socialite Amy Phipps Guest ameaçou ser a pioneira no feito, em 1927, mas logo se deu conta de que ser a primeira mulher a cruzar o Oceano Atlântico seria uma experiência perigosa.

Para ela, restou-lhe a tarefa de patrocinar o projeto. Para Amelia Earhart, o título de primeira mulher a voar sozinha no Oceano Atlântico.

Há mais de 90 anos, as mulheres veriam o mundo sob outro olhar.

Amelia Earhart em frente ao avião modelo Lockheed Electra (foto: Domínio Público)

Embora hoje já não seja raro ver mulheres no comando de um avião, em 1932, essa estadunidense do estado de Kansas quebraria todas perspectivas na aviação.

Aos 34 anos, Amelia atraiu a atenção do mundo com seu voo solo de quase 15 horas de duração, sem escalas, a bordo de um monoplano Lockheed Vega 5B, entre Terra Nova, no Canadá, e a Irlanda do Norte, na Europa.


Com a viagem, a aviadora se tornaria também a segunda pessoa a realizar esse tipo de travessia, cujo pioneiro foi Charles Lindbergh, cinco anos antes.

Seu currículo empoderado inclui também curso de mecânica de carros e títulos como o de primeira mulher a pilotar um autogiro (aeronave precursora do helicóptero) e realizar o pioneiro voo solo entre o Havaí e a Califórnia, em 1935.

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Voe como uma garota

Apesar de ter recebido a “The Distinguished Flying Cross” (“Cruz de Voo Distinto”, em tradução livre), condecoração militar dada pelas Forças Armadas dos EUA, Amelia Earhart não chegou a ser reconhecida pelo então ultra masculino The Explorers Club, seleto clube multidisciplinar, criado em 1904, como forma de reconhecer e promover pesquisas de campo e explorações científicas.

Mas como mulheres podem (e devem) fazer aquilo que elas bem entenderem, Amelia Earhart não fez diferente.

Criada em 1925, a Society of Woman Geographers (“Sociedade de Mulheres Geógrafas”, em tradução livre) surgiu como uma resposta feminina para as exclusões delas em organizações como o The Explorers Club, que até 1981 não admitia mulheres.

Amelia Earhart (foto: Domínio Público)

O grupo idealizado por quatro mulheres reconhecia as “contribuições originais, inovadoras ou pioneiras” de nomes femininos como a antropóloga Margaret Mead, que trabalhou com tribos primitivas da Nova Guiné, em 1925, e Marion Stirling Pugh, que fez estudos importantes sobre as Cabeças Colossais, da civilização olmeca.

Em 1933, a primeira Medalha de Ouro da Sociedade era dada a Amelia Earhart pelo voo pioneiro, no ano anterior.

No entanto, a aviadora desapareceria, quatro anos mais tarde, no Pacífico, tentando dar uma volta ao mundo. Para quem quer saber mais sobre o tema, o documentário “Expedição Amelia” (Disney+) tenta resolver o caso do desaparecimento de Amelia.

VEJA FOTOS DE AMELIA EARHART

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