Mais procurada por surfistas, a Rota da Pororoca é daquelas atividades que também rendem experiências únicas de um dos mais potentes eventos naturais em todo o mundo.
A pororoca é um fenômeno natural que acontece com o encontro das águas de um rio com as do mar, dando origem, literalmente, a uma explosão de águas que formam ondas cobiçadas pelos amantes do surfe.
No Brasil, acontece no Amapá, Pará e Maranhão, e tem se tornado um dos principais impulsionadores do ecoturismo nesses três estados, movimentando o comércio e as empresas locais, além do desenvolvimento sustentável dos atrativos.
“Essa rota é incrível, atrai aventureiros em busca de desafios emocionantes e contribui para a valorização das belezas naturais e tradições locais, enriquecendo o cenário turístico do Brasil e promovendo um turismo sustentável e autêntico”, descreveu em nota enviada ao Viagem em Pauta, o ministro do Turismo, Celso Sabino.
Considerada um dos fenômenos naturais mais temidos em toda a Amazônia, a pororoca costuma ter ondas de 40 minutos de duração e acontece entre janeiro e maio, aproximadamente.
VEJA FOTOS DA POROROCA
No Nordeste brasileiro, o fenômeno pode ser observado no Maranhão, estado brasileiro que abriga o “Pororoca Experience”, em fevereiro.
A pororoca maranhense acontece no rio Mearim, que passa pelas cidades de Anajatuba, Arari e Vitória do Mearim, onde o evento pode ser visto de perto em mirantes de observação, como o Tabocal, Curral da Igreja e no Bomfim.
No Pará, o arquipélago do Marajó é uma espécie de “ninhal das Pororocas”, com ondas de 50 minutos ininterruptos e até quatro metros de altura. Em 2023, por exemplo, o município marajoara de Chaves viu acontecer o 25º Surf na Pororoca, entre os dias 3 e 7 de junho.
A 115 km de Belém, capital do Pará, o estado abriga também a capital da pororoca: São Domingos do Capim, endereço anual do Festival da Pororoca, um evento cultural e esportivo que dura entre três e cinco dias, nos meses de março ou abril, e da primeira Escolinha de Surf na Pororoca, aberta no último mês de junho.
De acordo com o Ministério do Turismo, o município chega a receber mais de 30 mil visitantes, “número quase três vezes maior que a quantidade de habitantes do local”, e tem até um prato em homenagem ao fenômeno, o Pororoca, feito com filé de filhote e queijo de búfala.
No Amapá, o encontro do Rio Amazonas com o oceano Atlântico também dá origem ao fenômeno que, segundo a Associação de Guarda-Parques do Estado do Amapá, pode ser observado em 12 pontos, ao longo dos cerca de 700 quilômetros do litoral local.
LEIA TAMBÉM: “História da Amazônia: [spoiler] ela morre no final”
Seja o primeiro a comentar