Dia da Caatinga: destinos imperdíveis nesse bioma exclusivamente brasileiro

Anualmente, 28 de abril é o Dia Nacional da Caatinga, em homenagem a esse bioma 100% brasileiro que ocupa cerca de 10% do território nacional.

A data celebra também o nascimento do professor João de Vasconcelos Sobrinho, pioneiro na área dos estudos ambientais no Brasil, nascido em 1908, em Moreno, na Região Metropolitana do Recife (PE).

Talvez você nem tenha se dado conta, mas quem anda viajando pelo Brasil, certamente, já viu ao menos um naco desse bioma em estados como Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e o norte de Minas Gerais.

Veja alguns destinos turísticos imperdíveis onde a Caatinga está presente.

Pedra do Capacete, no Lajedo do Pai Mateus, em Cabaceiras (foto: Ruy Carvalho/Creative Commons)

Chapada Diamantina
BAHIA

Com mais de 38 mil km², essa chapada é conhecida por suas grutas e cavernas, cachoeiras imponentes e trilhas exigentes.

O Parque Nacional da Chapada Diamantina, seu atrativo mais famoso, engloba três biomas: o Cerrado, a Mata Atlântica e a Caatinga, na divisa da Bahia com Minas Gerais, próximo à cidade de Lençóis, a 427 quilômetros de Salvador.

foto: Creative Commons

Canindé de São Francisco
SERGIPE

O menor estado brasileiro fez do rio o seu mar.

A 200 quilômetros de Aracaju, o Cânion do Xingó é a principal atração dessa região recortada por imensas rochas avermelhadas que margeiam o Rio São Francisco.

A partir do município de Canindé de São Francisco, são 15 quilômetros de navegação em catamarãs até o Paraíso do Talhado, onde dá para tomar banho de rio e fazer passeios em embarcações a remo, no 5º maior cânion navegável do mundo.

Outro destaque é a Trilha do Angico, uma caminhada de 3,5 quilômetros (ida e volta) até a grota onde Lampião, Maria Bonita e mais nove cangaceiros foram mortos e decapitados, em julho de 1938.

Rio São Francisco (foto: Eduardo Vessoni)

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Lajedo de Pai Mateus
PARAÍBA

A 166 quilômetros de João Pessoa, aproximadamente, na região do Cariri Paraibano, o município de Cabaceiras é um dos destinos mais cenográficos da Paraíba. Não é à toa que é conhecido como a Roliúde Nordestina, assim mesmo em bom nordestinês, em referência às diversas produções de cinema gravadas na região.

Conhecida pela mata de pequeno porte, denominada caatinga arbustiva, e endereço de um dos finais de tarde mais bonitos do bioma, a região abriga o Lajedo do Pai Mateus, uma sequência de rochas com formatos que variam, de acordo com a imaginação de cada visitante, como a mais famosa delas, a Pedra do Capacete.

É possível andar entre imensos blocos de granito arredondados com até 45 toneladas que, segundo estudos, têm origem vulcânica e seu nome seria uma referência a um ermitão que morou no local.

O atrativo fica no interior do Hotel Fazenda Lajedo Pai Mateus, aberto também para não hóspedes, a 25 quilômetros da cidade por estrada de terra. Para ver a luz do sol pintando aqueles gigantes rochosos, programe-se para ir no final da tarde.

Lajedo_de_Pai_Mateus_-_Madrugada
foto: Creative Commons

SAIBA MAIS: “Cabaceiras é a Paraíba de outro mundo”

Vale do Catimbau
PERNAMBUCO

Eis a versão surreal de Pernambuco.

A 290 quilômetros do Recife, esse destino tem um antigo anfiteatro natural usado para rituais sagrados, abriga uma formação rochosa mais diferente do que a outra e guarda a segunda maior concentração de arte rupestre do Brasil.

Buíque, uma das cidades que formam o vale, assim como Ibimirim, Sertânia e Tupanatinga, serve de base para quem visita a região.

O principal atrativo é o Parque Nacional do Catimbau, endereço de 13 trilhas oficiais e 30 sítios arqueológicos catalogados pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), que deram ao Catimbau o título de Capital Pernambucana da Arte Rupestre.

SAIBA MAIS: “Vale do Catimbau é Pernambuco de outro mundo”

Geoparque Seridó
RIO GRANDE DO NORTE

A 150 quilômetros de Natal, a área é o registro de cerca de 600 milhões de anos da história da Terra, em atrativos como sítios arqueológicos, cânions e trilhas, em 21 geossítios (sítio geológico com formações de importante valor científico).

Longe das águas convidativas do litoral potiguar, o turismo acontece na Caatinga, entre arbustos e árvores baixas.

É possível fazer caminhadas curtas até atrativos como o Sítio Arqueológico Xiquexique, a 3,5 quilômetros de Carnaúba dos Dantas, e o geossítio Serra Verde, no município Cerro Corá, famoso por suas geoformas rochosas com mais de 530 milhões de anos e pinturas rupestres dentro de uma gruta.

Geossítio Cânions dos Apertados, em Currais Novos (crédito: Getson Luís/Divulgação)

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