Como funciona o codeshare entre Voepass e Latam

Desde 2014, as companhias aéreas Latam e Voepass mantêm acordo de codeshare (“código compartilhado”, em tradução do inglês), termo da aviação usado para a prática de comercializar um determinado número de assentos em voos operados pelos parceiros.

Na prática, isso significa dizer, por exemplo, que um passageiro que sai de São Paulo, em direção ao interior do Amazonas, pode voar para Manaus em uma aeronave da Latam e de lá seguir viagem pela Voepass com destino final Carauari, sem ter que realizar trâmites diferentes de embarque.

Em maio do ano passado, a Latam anunciou a ampliação do acordo, aumentando seu alcance regional para mais 16 localidades brasileiras, em voos operados regularmente pela Voepass com aviões ATR 72, com capacidade para até 70 passageiros.

Dessa forma, passageiros passaram a contar com opções de rotas para destinos regionais, como Ipatinga (MG), Barreiras (BA), Feira de Santana (BA), Valença (BA), Paulo Afonso (BA), Teixeira de Freitas (BA), Lençóis (BA), Fernando de Noronha (PE), Uruguaiana (RS), Santa Maria (RS), Pelotas (RS), Santo Ângelo (RS), Aracati (CE), Araguaína (TO), Tefé (AM) e Santa Isabel do Rio Negro (AM).

Divulgação

Voepass e Latam

Desde a pandemia, em 2020, acordos desse tipo têm sido cada vez mais comuns no setor da aviação, como a parceria firmada na época entre Latam e Azul, que oferecia 50 novas possibilidades de rotas domésticas.

Outro caso aconteceu com a GOL, que passou a contar com opções de rotas em outras 14 empresas internacionais, como Aerolineas Argentinas, Aeromexico e TAP.

Já em maio deste ano, as companhias aéreas Azul e GOL também anunciaram cooperação comercial.

“O acordo entre Azul e GOL pode ser visto como um passo estratégico que precede uma eventual fusão entre as duas empresas. Este tipo de cooperação estreita pode servir como um teste para avaliar a compatibilidade operacional e comercial das companhias”, destacou na época Fernando Canutto, sócio do Godke Advogados e especialista em Direito Societário, em nota enviada ao Viagem em Pauta.

Divulgação LATAM

No caso da Voepass e Latam, a proposta é que os passageiros tenham conexões simplificadas entre as duas, como o check-in, feito sempre no balcão da empresa companhia que inicia a viagem.

Por exemplo, se a primeira parte da viagem for com a VoePass, o passageiro deve se dirigir ao balcão de atendimento dessa companhia até uma hora antes do embarque. Assim, em um voo com conexão sob o mesmo código de reserva, não é preciso retornar ao balcão de atendimento quando houver troca de companhia aérea.

Já se a companhia que inicia sua viagem for a Latam, é possível usar serviços como o check-in antecipado pelo aplicativo da empresa.

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Victor Freitas / Pexels.com

O mesmo acontece com a bagagem, durante uma conexão.

O passageiro deve entregar a bagagem no balcão da companhia aérea que inicia a viagem, em um procedimento que é realizado apenas uma vez se o voo com conexão estiver sob o mesmo código de reserva. Nesse caso, sua mala será despachada diretamente para o destino final.

Para membros de programas de milhagens, o acúmulo de pontos Latam fica disponível para voos VoePass comprados por meio dos canais de atendimento da Latam.

No caso de alterações ou pedidos de reembolso de passagens, é preciso contatar diretamente a empresa contratada. Porém, os trâmites de passagem estão sujeitos a cobranças de taxas, de acordo com as políticas e regras de cada companhia.



A mais antiga do Brasil

Com sede em Ribeirão Preto (SP), a então chamada Passaredo Linhas Aéreas foi fundada em julho de 1995, quando a companhia de transporte rodoviário Viação Passaredo criou seu braço aéreo regional, operando aviões Embraer 120 Brasília.

Desde que adquiriu a regional MAP Linhas Aéreas, em agosto de 2019, a companhia não só passou a operar 28 destinos, ampliando assim sua participação no mercado nacional, como também se tornou Voepass.

Atualmente, a companhia mais antiga do Brasil conta com uma frota de 15 aeronaves modelos ATR-42 e ATR-72.

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Divulgação

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