No próximo sábado, 9 de novembro, é celebrado o aniversário dos 35 anos da queda do Muro de Berlim, a polêmica construção que dividiu a Alemanha, entre 1961 e 1989.
Considerada um dos maiores símbolos arquitetônicos e ideológicos de controle sobre uma nação, a construção parece mais viva do que nunca e, dessa vez, em versões para turista ver.
Para lembrar a data, o Viagem em Pauta, via Visit Berlin, órgão de promoção turística da capital alemã, lista 10 endereços para quem quer conhecer mais sobre a história do Muro de Berlim, bem como ver pedaços da construção que ainda está de pé em alguns setores da cidade.
SAIBA MAIS: “O que o Muro de Berlim separou, o turismo da Alemanha uniu”
Resquícios do Muro de Berlim
Bösebrücke
No dia 9 de novembro de 1989, o posto de fronteira da Bornholmer Straße foi o primeiro local de abertura do Muro para a população.
Próximo dessa ponte icônica, mais de 100 cerejeiras ornamentais acompanham o antigo traçado da construção, um presente dado pelo Japão, em 1990, por conta da reunificação da Alemanha.
Old Cathedral Cemetery
O Antigo Cemitério da Catedral St.-Hedwig (Liesenstraße 8, Mitte), o cemitério católico mais antigo de Berlim, abriga um trecho de cerca de 15 metros de comprimento do Muro, como uma extensão das pontes Liesenbrücken.
Groß Glienicke Estate Park
Nesse parque na cidade de Potsdam ficava um lago popular usado para a população de Berlim nadar. Porém, durante a divisão da cidade, a atividade ficou reservada apenas para quem estava no lado ocidental da divisão, pois a fronteira passava pelo centro do lago e era marcada por boias.
Atualmente, parte do Muro corre ao longo das margens do lago.
Invalidenfriedhof
O Invalidenfriedhof (‘Cemitério dos Inválidos’, em português) é um dos mais antigos da capital da Alemanha.
Infelizmente, durante a existência do Muro de Berlim, parte desse cemitério foi destruída para dar lugar a torres de vigilância e áreas de controle. Algumas tumbas também ficaram danificadas, devido aos disparos de soldados.
Berlin Wall Memorial
O local abriga uma exposição ao ar livre que conta a história do Muro de Berlim, como a Janela da Memória, uma sequência de fotos que homenageia mortos e feridos que tentaram cruzar as fronteiras, e a bela Capela da Reconciliação, construção de taipa oval com um revestimento de ripas de madeira.
Fica na histórica Bernauer Strasse, rua onde um dia esteve uma das fronteiras entre os setores Oriental e Ocidental da capital alemã.
Mauerpark
Um dos parques mais populares da capital alemã é conhecido pelos remanescentes do Muro, atualmente, tomado por trabalhos de grafiteiros.
Essa área verde na região de Prenzlauer Berg é famoso pelo mercado de pulgas e pelo karaokê ao ar livre que acontecem aos domingos.
Topography of Terror
Próximo à antiga fronteira entre Berlin-Mitte (Berlim Oriental) e Kreuzberg (Berlim Ocidental), essa exposição permanente (Topografia do Terror, em português) abriga as instalações mais importantes do aparato nacional-socialista de perseguição, entre 1933 e 1945, na parte traseira do Muro.
Potsdamer Platz
Os últimos trechos do Muro dessa praça na Stresemannstraße foram demolidos em 2008. Porém, seis outros setores foram erguidos, posteriormente, em frente à área de entrada da estação Potsdamer Platz.
Já a Erna-Berger-Straße abriga uma das últimas torres de vigia de Berlim.
Checkpoint Charlie
Sem dúvida, é a atração ligada ao Muro mais procurada (e muvucada) da capital alemã.
O local é um dos três pontos fronteiriços administrados pelos estadunidenses, em homenagem à terceira letra do Alfabeto Internacional (Alpha, Bravo, Charlie, …), e é famoso pela cenografia usada para turistas tirarem fotos.
East Side Gallery
Às margens do Rio Spree, o trecho mais longo do que sobrou do Muro tem 1,3 quilômetros de extensão e é um dos atrativos mais populares de Berlim.
Considerado a maior galeria ao ar livre do mundo, o local foi pintado por 118 artistas de 21 países, responsáveis por trabalhos conhecidos, mundialmente, como o Socialist fraternal kiss (Beijo Fraterno Socialista, em português), mural em que o soviético Leonid Brezhnev beija o líder da Alemanha Oriental, Erich Honecker.
Por que um muro?
No final da Segunda Guerra Mundial, a nação nazista de Adolf Hitler estava em ruínas e dividida em zonas de ocupação administradas pelos Aliados vencedores da Segunda Guerra.
Do lado ocidental capitalista, EUA, França e Grã-Bretanha; do outro, soviéticos tomavam Berlim como espólio de guerra e começavam a transformá-la numa espécie de satélite do comunismo.
Para evitar a contaminação com o vizinho, a União Soviética dava início então a uma série de ações que isolavam a Alemanha Oriental do resto do mundo não comunista. O muro seria uma delas, separando a RDA (República Democrática Alemã) e a RFA (República Federal da Alemanha ou Alemanha Ocidental), criadas em 1949.
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