* alterado em 20/11/2024, às 10:55 – Segundo informou a assessora, o lançamento no Rio de Janeiro foi adiado para dia 5 de dezembro.
Apaixonado pela culinária e pela escrita, desde jovem, o jornalista Alexandre Staut acaba de lançar o livro O Caldeirão da Velha Chica e outras histórias brasileiras, sobre a ancestralidade da culinária brasileira.
Nessa espécie de crônica para “comer”, Staut reúne em textos curtos as mais de 40 entrevistas que fez, entre 2006 e 2013, enquanto viajava pelo Brasil, visitando aldeias indígenas, comunidades quilombolas, cidades e florestas.
A obra, que tem prefácio assinado pela chefe de cozinha Carla Pernambuco, é dividida em cinco partes, onde o autor visita a culinária dos povos originários, a contribuição dos povos africanos, comida de santo, gastronomia imigrante e, um último capítulo, com a novela ‘A fome’, que se passa no Brasil, no ano 2223.
“Comer não é apenas uma escolha pessoal, é um ato político. Alimentação e mudanças climáticas estão completamente relacionadas e muita gente ainda não percebeu isso”, explica o autor em nota enviada ao Viagem em Pauta.
O livro é resultado da trajetória de Staut como repórter, onde revisitou cadernos de anotações, fitas cassetes e fotografias.
Por isso, entre as viagens que o leitor irá fazer, nas quase 300 páginas, tem destinos como o bairro ítalo-africano Bexiga, no centro de São Paulo, um festival quilombola, no extremo norte do Espírito Santo, e Manaus, durante uma festa folclórica do boi-bumbá, na Amazônia.
“Vi muita coisa, ouvi muita história, e é isso o que mais me encanta, a história oral relacionada aos costumes alimentares do nosso país”, descreve Staut.
O Caldeirão da Velha Chica e Outras Histórias Brasileiras (R$ 65,90), da Folhas de Relva Edições, foi lançado no último dia 7 de novembro, na Livraria Megafauna, em São Paulo, e terá lançamento também em 3 de dezembro, na Janela Livraria, no Rio de Janeiro.
“As histórias de terceiros, amigos ou entrevistados de sua outra vida como repórter, ganham cores e formas em suas palavras, reproduzindo em primeira pessoa o que provavelmente ouviu de olhos esbugalhados e, por vezes, às gargalhadas.”
Carla Pernambuco
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