No lugar que um dia abrigou o temido Muro de Berlim, hoje fica a maior galeria a céu aberto do mundo, a East Side Gallery, às margens do rio Spree, em Friedrichshain.
A galeria conta com 1,3 km de artes e fica na maior seção contínua do Muro de Berlim ainda existente.
As obras começaram a surgir logo após a queda do muro, em 9 de novembro de 1989, quando 118 artistas de 21 países deram início às pinturas da East Side Gallery. Pouco mais de um ano depois, o local receberia o status de memorial protegido.

De tempos em tempos, as obras são restauradas, como os trabalhos de 2000, quando um trecho de 300 metros da parede foi restaurado e 33 quadros repintados. Já em 2009 toda a East Side Gallery foi restaurada por 87 artistas participantes que atuaram em 100 quadros.
Em mais de uma centena no que era o lado leste do muro, os artistas retrataram as mudanças políticas de 1989/90, cujos destaques são as populares “Beijo Fraternal”, de Dmitri Vrubel, e “Trabant rompendo o muro”, de Birgit Kinders.

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Desde que o Muro de Berlim veio abaixo, em 1989, a capital da Alemanha vive um constante estado de renovação. Por isso, nos últimos anos, a arquitetura sisuda das construções erguidas sob o comando de regimes totalitários do passado ganhou novos traços com as cores dos grafites, das esculturas e dos pôsteres espalhados por Berlim.
Se no passado murais e grafites eram usados como propaganda política ou uma forma da juventude protestar, os trabalhos de rua de Berlim são hoje uma arte consolidada e presente em toda a cidade.
Não é à toa que Berlim, uma imensa galeria de arte ao ar livre, é considerada uma das capitais mundiais do grafite.
A East Side Gallery fica perto das ruas Warschauer Straße e Ostbahnhof, com acesso facilitado por estações de trem.

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