48h em Buenos Aires: veja roteiro alternativo na capital da Argentina

Seja lá quantas foram as vezes que você esteve na capital da Argentina, mas uma viagem para Buenos Aires nunca será a mesma (e não estamos falando apenas das últimas mudanças políticas e econômicas no país).

Neste roteiro, você conhece a cidade, a partir dos bairros menos explorados, turisticamente, em atrativos para quem já esteve por lá e não quer repetir as experiências.

El Sueño del Lector, instalação de Pablo Irrgang, na Plaza Parques Nacionales Argentinos (foto: turismo.buenosaires.gob.ar/Reprodução)

Buenos Aires em 48 horas

1º DIA

9 h: Monumento a Pugliese, na Villa Crespo
Esse bairro no centro de Buenos Aires foi o local de nascimento do compositor de tango Osvaldo Pugliese, onde a esquina da avenida Corrientes com a Scalabrini Ortiz guarda uma escultura feita pela artista Paula Franzi.

Dali, siga pela Corrientes até o próximo destino.

9h30: Café da manhã na Villa Crespo
Um dos clássicos locais é o café San Bernardo, conhecido também como “San Ber”. O local é famoso também pela agitação noturna de jovens que vão jogar bilhar ou tênis de mesa.

O bairro abriga também arte de rua, como os murais “Gato y Comunismo” e os do Club Atlanta.

10h30: Compras nos outlets
A próxima parada fica na rua Gurruchaga, polo comercial que abriga lojas de marcas famosas com produtos direto da fábrica.

Os estabelecimentos ficam na Gurruchaga (entre os números 700 e 1000) e na rua Loyola, entre Serrano e Malabia. Já os outlets da rua Aguirre vão da esquina da Thames até a Malabia.

12h30: Convento San José e Plaza Gurruchaga
A próxima parada é na Gurruchaga 1.060, endereço do Convento San José e da paróquia Santa Clara de Asís, visita obrigatória no bairro.

Esse convento de 1945 tem estilo neoclássico e, atualmente, abriga locais comerciais, escritórios e um hotel boutique.

Dali, caminhe até o número 747 da Thames.

13h: Almoço na Villa Crespo
O Mercat (Thames, 747) é um mercado urbano de design vanguardista que funciona como ponto de encontro de chefs e amantes da boa gastronomia. São três andares com mais de 30 estabelecimentos gastronômicos.


15h: Cemitério de la Chacarita
Distante do famoso (e batido) cemitério da Recoleta, esse local abriga as sepulturas dos músicos Gustavo Cerati e Carlos Gardel.

16h: Casa Amarilla
No número 3.900 da rua Olleros, quase na metade do quarteirão, esse tesouro da arquitetura espanhola do início do século XX é conhecido pelas paredes amarelo-ocre dos antigos estábulos da delegacia de polícia do bairro.

A Casa Amarilla é um edifício único com andares conectados por passarelas a céu aberto e com um pátio andaluz com azulejos pretos e brancos.

17h30: Plaza Mafalda, Plaza Clemente e Mercado de Pulgas
A Plaza Mafalda presta homenagem ao emblemático personagem das histórias em quadrinhos, em sete setores. Outros endereços verdes lembram outras criações do desenhista Quino, como a Plaza Clemente.

Na avenida Dorrego e Conde está la Plaza Clemente, em homenagem ao personagem Clemente de outro cartunista argentino, Caloi. Perto dali fica o mural dedicado a Frida Kahlo, feito pelo colectivo Campos Jesses, cujos colares de Frida são correntes de verdade.

Outro endereço imperdível é o Mercado de Pulgas (Av. Álvarez Thomas 51) com antiguidades.

A partir das 19h: Rota dos drinques
O bairro Chacarita vem se tornando um grande polo gastronômico e da coquetelaria, com endereços como o Sede Whisky (Guevara, 400), uisqueria focada no público feminino; e o Donnet (Fraga, 675), casa vegana especializada em cogumelos.

A noite continua em Palermo, onde proliferam bares secretos como o Frank, com acesso com senhas e pistas deixadas nas redes sociais do estabelecimento; o Nicky Harrison, com cenário que remonta à época da Lei Seca de Nova York; e o J.W. Bradley, que recria Orient Express, atrás de uma pizzaria.

2º DIA

9h30: Café da manhã
Antes do café da manhã no barrio Belgrano, a sugestão é o Tunel Verde, um corredor de árvores de tipa (amendoim-acácia, em português) que se estende ao longo de cinco quarteirões da avenida Melián, ao longo de casarões de estilo inglês.

Para o desayuno, as dicas são a padaria artesanal Jolie Bistró, os bolos da Maru Botana Next Door e o clássico El Torreón, com seu tradicional café com medialunas.

10h30: Arte de rua
Na esquina das avenidas La Pampa e Cramer fica o mural do artista plástico Martín Ron em homenagem a Norma Alejandro, atriz argentina conhecida por filmes como A História Oficial e O Filho da Noiva.

Ao lado, o rosto da artista foi feito com fotografias de moradores de Belgrano, em forma de mosaico.

foto: turismo.buenosaires.gob.ar/Reprodução

11h: Mercado de Belgrano
Na número 2.500 da avenida Juramento fica esse mercado com venda de carnes e verduras, além de estabelecimentos com sopas tailandesas e pães japoneses, bem perto da Plaza Noruega, uma simpática e pequena praça de bairro.

Siga para clássicos de Belgrano, como La Redonda (Vuelta de Obligado 2000), templo católico inspirado no Panteón Romano de Agripa; Museo de Arte Español Enrique Larreta (Juramento 2200), com jardim em estilo andaluz e caminhos labirínticos; e o Museo Sarmiento, uma mansão de 1873, a um quarteirão dali.

Termine a manhã nas Barrancas de Belgrano, área verde criada pela paisagista francês Carlos Thays, atualmente, com 67 espécies vegetais, como palmeiras, magnólias e carvalhos.

13h: Barrio Chino
A entrada ao bairro oriental de Buenos Aires é marcada por um portal que dá acesso a esculturas de leões e dragões, murais, bazares e supermercados. Entre os destaques turísticos estão os templos budistas e o neocolonial Pasaje Arribeños.

Para comer, a dica é comprar algo no Bairro Chinês e fazer piquenique na Plaza Parques Nacionales Argentinos (Sucre e Av. Figueroa Alcorta), onde fica o monumento El Sueño del Lector, instalação de Pablo Irrgang com uma imensa cabeça sobre a grama, onde você pode sentar em seu interior e escutar fragmentos literários.

14h30: Almoço no Baixo Belgrano
As dicas são espaços gastronômicos como o Narda Comedor, Cucina Paradiso, Sucre, Bruni, Paru, Refugio Cervecería Patagonia, Biblos, Sociedad Café e Cocina Mesas.

16h30: Museo River Plate
Esse museu no estádio de River Plate oferece visitas guiadas (reserva antecipada) pelos ambientes do clube, como o gramado.

foto: turismo.buenosaires.gob.ar/Reprodução

18h: Buenos Aires do alto
A moda dos rooftops também chegou à capital da Argentina, que conta com bares de drinques autorais servidos nos últimos andares de edifícios, como o Palacio Barolo Salón 1923 (Av. de Mayo 1300), Trade Sky Bar (Av. Corrientes 200), Crystal Bar (Aimé Painé 1100), Vuelta Abajo Social Club (Av. Corrientes 200), Cielo Sky Bar (Cerrito 100) e o Sky Bar Hotel Pulitzer (Maipú 900).

* fonte: Turismo de Buenos Aires

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