Entre os meses de junho e setembro, os pinguins-de-Magalhães estão em migração, quando deixam a Patagônia e podem ser vistos no… Rio de Janeiro.
Em busca de alimento e águas mais quentes, porém, muitos desses animais acabam encalhados nas areias das praias brasileiras, devido ao cansaço extremo ou doenças. Fracos e debilitados, chegam também com muito frio (hipotérmicos) e necessitando cuidados adequados.
Recentemente, o Instituto Albatroz, que desde 2003 trabalha na conservação de albatrozes e petréis que se alimentam em águas brasileiras, resgatou três pinguins-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus), os primeiros da temporada desse inverno na região.
Os animais estavam encalhados nas praias de Geribá e da Tartaruga, em Búzios, e em Arraial do Cabo. As aves foram levadas para o Centro de Reabilitação e Despetrolização (CRD) da instituição, em Araruama.

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Pinguins no Rio de Janeiro
O instituto lembra que, ao encontrar um pinguim na areia, não se deve tentar devolvê-lo ao mar, alimentá-lo ou tocá-lo, muito menos colocá-lo em recipientes com água ou gelo, “pois eles já estão sofrendo com o frio”.
Outra dica é não tirar fotos com os animais encontrados na natureza, que “já estão experienciando altos níveis de medo e ansiedade, e manipulá-los para fotos pode, não apenas intensificar essas sensações, como também agravar quaisquer ferimentos que possam ter”, explica a médica veterinária Daphne Goldberg, Responsável Técnica do Instituto Albatroz.
Caso encontre alguns desses animais, vivos ou mortos, os banhistas devem acionar imediatamente o PMP-BC/ES através do telefone 0800 991 4800. A mesma atitude deve ser adotada ao avistar tartarugas marinhas, outras espécies de aves marinhas e mamíferos marinhos nas areias das praias.
O Instituto Albatroz conta com bases em Cabo Frio (RJ), Santos (SP), Itajaí e Florianópolis (SC) e Rio Grande (RS).
Saiba mais: rojetoalbatroz.org.br
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