Minas Gerais: como visitar o Cânion do Peruaçu, reconhecido pela UNESCO

No último domingo,  13 de julho, o Cânion do Peruaçu foi reconhecido como Patrimônio Natural da Humanidade pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), em Paris, na França.

O reconhecimento desse atrativo no Parque Nacional Cavernas do Peruaçu, no norte de Minas Gerais, foi feito durante a 47ª reunião do Comitê do Patrimônio Mundial, devido não só à sua beleza natural, mas também por sua relevância geológica e geomorfológica única.

“A inclusão do Cânion do Peruaçu representa uma conquista da conservação e da valorização do nosso patrimônio espeleológico. O sítio reúne ecossistemas de diferentes biomas, um conjunto de cavernas de enorme importância geológica, rica biodiversidade e arte rupestre pré-histórica”, declarou a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva.

Em março de 1998, o local já havia sido indicado como patrimônio natural pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). De acordo com pesquisadores da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), a região abriga amostras de esqueletos humanos que teriam vivido no local há cerca de 11 mil anos.

O nome Peruaçu remete aos índios Xacriabá e faz referência à fenda ou buraco (Peru) muito grande (Açu).

foto: Creative Commons

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Como visitar o Cânion do Peruaçu

Localizado entre a Mata Atlântica, o Cerrado e a Caatinga, esse complexo de cavernas é endereço de 114 sítios arqueológicos e mais de mil espécies de flora e 950 de fauna identificadas.

O atrativo mais conhecido por ali é a Gruta do Janelão, com galerias de 100 metros de altura e 60 de largura, onde fica também a Perna da Bailarina, uma estalactite de cerca de 28 metros de comprimento, considerada a maior do mundo.

O parque fica a 662 km de Belo Horizonte e a 1.222 km de São Paulo. Para quem vai de avião, o aeroporto mais próximo é o de Montes Claros, a 200 km de Januária, município que abriga a sede do Parque, na comunidade do Fabião I, a 45 km dali.

Já as opções de hospedagem estão em cidades como Januária e Itacarambi.

Embora a entrada ao parque seja gratuita, para visitá-lo é obrigatória a contratação de um condutor para cada grupo de oito pessoas (a exceção é a Lapa Bonita, onde o guia pode levar apenas 5 visitantes).

Lapa dos Desenhos, no Parque Nacional Cavernas do Peruaçu (foto: ICMBIO)

ATRATIVOS

Gruta Bonita 
atrativos: Salão Vermelho na Lapa Bonita e espeleotemas
distância: 1,5 km (ida e volta)
tempo estimado: 2h20 (ida e volta)
nível de dificuldade: leve

Lapa do Boquete
atrativos: lapas, pinturas rupestres, escavações arqueológicas e observação da paisagem
distância aproximada: 1,2 km (ida e volta)
tempo estimado: 1h30 (ida e volta)
nível de dificuldade: leve

Gruta do Índio, no Parque Nacional Cavernas do Peruaçu (foto: ICMBIO)

Gruta do Índio
atrativos: arte rupestre na Lapa do Índio
distância: 1,5 km (ida e volta)
tempo estimado: 2h20 (ida e volta)
nível de dificuldade: leve

Gruta do Janelão
atrativos: caverna, monumentos geológicos, paredões com pinturas rupestres, sítios arqueológicos e observação da paisagem
distância: 4,8 km (ida e volta)
tempo estimado: 5h30 (ida e volta)
nível de dificuldade: Semipesado

Trilha do Arco do André
atrativos: caverna, monumentos geológicos, sítios arqueológicos e observação da paisagem
distância: 8 km, aproximadamente (ida e volta)
tempo estimado: 7h (ida e volta)
nível de dificuldade: semipesado

* com informações da Comunicação Social do MMA (Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima) e da SECULT MG

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