Liberdade: confira atrações no bairro turístico de São Paulo

Até pouco tempo atrás, a Liberdade, no Centro de São Paulo, não passava de um bairro oriental com lanternas tradicionais, portal torii e restaurantes pés-sujos.

Mas daí chegou o alvoroço dos estabelecimentos comerciais, a programação cultural se renovou e o bairro se firmou como um dos principais atrativos turísticos da capital paulista, com opções gastronômicas e comércio japonês, coreano e chinês.

Endereço da maior comunidade nipônica fora da Ásia, o bairro é hoje um pedaço do Japão na maior cidade do Brasil, onde moram cerca de 400 mil japoneses e descendentes, segundo o site Cidade de São Paulo.

Porém, apesar do seu nome atual, o bairro nem sempre foi lugar de liberdade.

foto: Domínio Público

Até o início do século XIX, a região era conhecida como Bairro da Pólvora, devido à uma casa do gênero, localizada no largo da Pólvora.

Um dos (temidos) endereços da época era o Largo da Forca, onde ficava esse instrumento para a execução de condenados à pena de morte, cujo personagem mais famoso a passar por ali foi o soldado Chaguinhas, cuja história é uma das explicações para a origem do atual nome do bairro.

Em 1821, o cabo Francisco José das Chagas, do Primeiro Batalhão de Santos, foi condenado à forca por reivindicar aumento de salário. Porém, as cordas que o sustentavam arrebentaram diversas vezes e o público teria começado a entoar “liberdade, liberdade”.

Não muito longe dali, o bairro abrigou também até 1858 o Cemitério dos Aflitos, primeiro cemitério público de São Paulo, onde eram enterradas pessoas socialmente marginalizadas, como escravos, presos e doentes contagiosos. Em 2018, um trabalho arqueológico nesse terreno de 400m², entre as ruas dos Aflitos e Galvão Bueno, revelou nove ossadas humanas acompanhadas de adornos de vidro.

foto: Rogério Cassimiro/MTUR

O QUE FAZER NA LIBERDADE

Viaduto Cidade de Osaka
Apresentações de artistas e barracas com artesanato são algumas das atrações de um dos endereços mais concorridos do bairro, na rua Galvão Bueno. É nessa mesma rua que fica o Jardim Oriental, área com um lago com carpas, vegetação e paisagismo típicos japoneses, aberto todos os dias das 10h às 16h.

Templo Busshinji
Fundado em 1955, esse espaço budista fica na Rua São Joaquim, 285 e tem visitação com meditações guiadas, além de cerimônias abertas ao público.

Museu Histórico da Imigração Japonesa
Documentos, fotos e vestimentas fazem do local o maior acervo relacionado à história da imigração japonesa no Brasil, com cerca de 97 mil itens. O museu funciona na Rua São Joaquim, 381 (entre os 7º e 9º andares) e está aberto de terça a domingo, das 10h às 17h. Ingressos: R$ 20 (grátis, às quartas).

Feirinha da Liberdade
Nos finais de semana, das 9h às 18h, acontece um dos principais atrativos do bairro, quando são montadas barracas de artesanatos e comidas, como yakisoba, guioza, tempurá e espetinhos. A praça abriga também uma estátua em homenagem a Deolinda Madre (Madrinha Eunice), considerada a fundadora da Lavapés, uma das primeiras escolas de samba de São Paulo.

Capela Santa Cruz Almas Dos Enforcados
Construído em 1887, na Praça da Liberdade, o local abrigava uma cruz em homenagem ao soldado Chaguinhas.

Templo Lohan
Fundada em 1995, essa instituição de ensino (R. Conselheiro Furtado, 445) oferece cursos temáticos sobre Budismo, Kung Fu, Medicina Tradicional e Arte, Filosofia e Literatura Chinesas. O local pode ser visitado por R$ 20 (entrada no jardim); R$ 40 (entrada ao templo); R$ 100 (visita monitorada ou experiência cultural de 30 minutos, como introdução ao xadrez, caligrafia, pintura, Iching, Taichichuan, música e etc).

Palacete Conde de Sarzedas
Tombado como patrimônio municipal, essa construção do final do século 19 abriga o Museu do Tribunal de Justiça de São Paulo, na Rua Conde de Sarzedas, 100, na Sé. As visitas individuais acontecem de segunda a sexta-feira, das 13 às 17 horas, e devem ser agendas em: tjsp.jus.br/Museu/Museu

Museu-do-Tribunal-de-Justica-03
Museu do Tribunal de Justiça de São Paulo (foto: Wikimedia Commons)

** com informações do Hotel Nikkey Palace, site Cidade de São Paulo, Iphan e Agência Brasil

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