Destinos da América do Sul que brasileiros ignoram em viagens

Tão longe tão perto, a América do Sul está cheia de destinos turísticos que todo viajante brasileiro sabe de cor.

Mas muito além das capitais de passado europeu, das estações de esqui e das rotas incas existe um continente inteiro para a gente explorar turisticamente.

Confira a seguir a seleção que o Viagem em Pauta fez com destinos sul-americanos que os brasileiros (ainda) não descobriram.

Cabo Polonio, no Uruguai (foto: turismorocha.gub.uy)

Turismo na América do Sul

El Gran Chaco
Paraguai

Nas fronteiras com o Brasil e a Argentina, o Pantanal paraguaio é formado por bosques subtropicais, palmeiras e uma infinidade de rios, córregos e lagoas. Esse santuário da natureza, ao longo do rio Paraguai, é dono de uma das mais baixas densidades demográficas do país e é conhecido como o Grande Pantanal

A região é dividida em Bajo Chaco, com campos úmidos e acesso pela Ruta Transchaco; e Chaco Seco, que abriga a maior parte do território, com savanas semiáridas, bosques baixos e uma fauna com 167 mamíferos, 701 aves, 100 répteis e 230 tipos de peixes.

O QUE FAZER: Abriga três parques nacionais: PN Defensores del Chaco, PN Tinfunqué e PN Teniente Enciso.

Cabo Polônio
Uruguai

O paisito vai muito além da dobradinha Colonia-Punta del Este.

Muito mais perto do Brasil do que se possa imaginar, esse balneário no Departamento de Rocha é um vilarejo escondido com população fixa de cerca de 120 pessoas e com entrada proibida para carros, cujo acesso se dá por caminhões 4×4 que cruzam os 7 km de areia que separam a estrada e o povoado.

O QUE FAZER: Praias oceânicas, dunas, o Farol de Cabo Polônio (uma das poucas opções de luz elétrica em todo o local) e colônia de lobos-marinhos são os destaques desse destino que, devido ao mau humor do mar local, é conhecido como o Inferno dos Navegantes. Não é raro ver restos de naufrágios submergirem nas areias das praias durante a maré baixa.

Quebrada de Humahuaca
Argentina

As altas montanhas dos Andes abrigam uma sequência de povoados minúsculos que atraem o viajante a um dos destinos mais inusitados da Argentina.

Esse vale de 155 km que cruza o noroeste do país é considerada Patrimônio Cultural e Natural da Humanidade pela Unesco, desde 2003, e abriga montanhas multicoloridas e estradas que levam a povoados anteriores aos incas.

O QUE FAZER: A montanha policromática Siete Colores, em Purmamarca, as Salinas Grandes, a 70 km dali, e Tilcara, capital arqueológica da região, são algumas das atrações que merecem ser incluídas no roteiro.

the quebrada de humahuaca in argentina
Hector Perez / Pexels.com

Fiordes chilenos
Chile

O país tem a geografia mais isolada e inóspita de toda a Patagônia, onde é possível navegar pela 3ª maior extensão de gelos continentais do mundo, uma área de 21 mil km² que inclui atrativos como o Parque Nacional Laguna San Rafael e o glaciar Exploradores, nos Campos de Gelo Norte.

O QUE FAZER: É nessa região que acontecem as impressionantes travessias dos fiordes chilenos, a bordo de navios cargueiros que cruzam canais estreitos, fiordes, glaciais e imensas montanhas nevadas, onde é possível ver, sem muito esforço, animais marinhos.

Laguna San Rafael (foto: Eduardo Vessoni)

Amazônia
Bolívia

Por essa você não esperava, mas esse país andino também guarda seu pedaço de floresta amazônica.

Muito mais do que se aventurar em tours de bicicleta pela Estrada da Morte ou cruzar os cenários desérticos do Salar de Uyuni, duas experiências bolivianas, altamente, recomendadas, o país se exibe em trechos de floresta amazônica, no Departamento de Beni, ainda pouco explorados por viajantes brasileiros.

O QUE FAZER: Considerado um dos ecossistemas de maior diversidade do continente, o Parque Nacional Madidi, uma área de quase 2 milhões de hactares, tem acesso pela cidade de Rurrenabaque e abriga picos nevados, bosques nublados, selvas tropicais e savanas, em uma das áreas de maior concentração de fauna e flora de todo o país, com mais de 730 espécies animais catalogadas

Entre as atividades estão rafting no rio Tuichi, trilhas no parque e visita a comunidades indígenas como Tacanas, Chimanes, Maropas e Chamas.

foto: Eduardo Vessoni

Cuenca
Equador

Patrimônio Cultural da Humanidade e dona de um centros históricos em melhor estado de preservação da América do Sul, essa cidade da serra sul do Equador é um dos mais belos destinos em todo o país.

O QUE FAZER: Mais do que endereço de belas construções do período colonial, cuja fundação pelos espanhóis data de 1557, Cuenca é ponto de partida para atrações como o Parque Nacional Cajas, uma área de mais de 28 mil hecatres com diversas lagoas que podem ser visitadas por trilhas; e a zona rural como Sigsig, área que produz a palha toquilla, utilizada na fabricação do chapéu Panamá que, diga-se de passagem, é equatoriano.

San Agustín e Tierradentro
Colômbia

A 10 horas de Bogotá, no departamento de Huila, o Parque Arqueológico de San Agustín guarda uma das histórias mais misteriosas de todo o país, um conjunto funerário monumental que uma sociedade desconhecida, convencionalmente conhecida como agustiniana, teria criado na cidade de San Agustín, entre os anos 200 a.C. e 800 d.C.

Patrimônio da Humanidade pela UNESCO, desde 1995, o parque abriga uma área de 78 hectares, a 3 km de San Agustín, onde podem ser visitadas as mesitas, montículos funerários com lascas horizontais de pedra que se assemelham a uma mesa, cujo tamanho podia chegar a 4 metros de altura.

Parque Arqueológico de San Agustín (foto: Eduardo Vessoni)

O QUE FAZER: Bosque de las Estatuas, a 3 km de San Agustín, é uma trilha autoguiada que passa por conjuntos funerários, decorados com 39 figuras em pedra que combinam características humanas e animais.

Outro destaque arqueológico da Colômbia, a sete horas de San Agustín, é o Parque Arqueológico de Tierradentro, onde se localizam câmaras subterrâneas com desenhos geométricos, construídas no ano 1.000 d.C., no Departamento de Cauca, próximo aos municípios de Belalcázar e Inzá. Era ali que se realizavam em urnas os enterros secundários dos ossos exumados.

SAIBA MAIS: “San Agustín é a Colômbia debaixo da terra: veja atrações”

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