Trilha Lares é versão alternativa para chegar em Machu Picchu

Dizem que todos os caminhos levam a Machu Picchu, a cidade sagrada que colocou o Peru na rota das viagens mais desejadas na América do Sul.

E é em Cusco onde tudo começa.

A pouco mais de 60 quilômetros ao norte da capital do antigo Império Inca começa a Trilha Lares, um roteiro de até sete dias, passando por trechos do Grande Caminho Inca (Qhapaq Ñan, em quéchua), Patrimônio Mundial pela Unesco com 30 mil quilômetros.

De lodge em lodge, o viajante se hospeda em hotéis isolados bem equipados que se fundem ao cenário bruto dos Andes.

Povoado de Huacahuasi (foto: Eduardo Vessoni)

Machu Picchu de lodge em lodge

Desenvolvido pela Mountain Lodges of Peru, a Lares Adventure não leva turista para ver indígena vestido de indígena, vendendo bugiganga para estrangeiros, na Praça de Armas, em Cusco. O roteiro é uma viagem com diferentes vivências com antigos rituais em terras sagradas que ainda se curvam à Pachamama, a Mãe Terra.

Nessa travessia do Vale Sagrado até Machu Picchu, o mais importante não é chegar, é estar, em um roteiro com experiências que fazem o visitante esquecer que a cidade fica a menos de 100 quilômetros dali.

Qapaq Ñan (foto: Eduardo Vessoni)

Em certos trechos da caminhada, que pode variar de cinco a sete dias, de acordo com o programa escolhido, somos os únicos, além daquela gente que insiste em morar em áreas de difícil acesso.

Tudo no ritmo desacelerado das altas altitudes andinas.

Entre as atividades, dá para visitar uma ONG de mulheres que vendem produtos artesanais em Chinchero e fazer passeio pelas barracas da feira de Pisac, famosa pelo tradicional forno colonial de San Francisco com madeiras de eucalipto que assam empanadas de queijo.

Outra parada exclusiva é no Ankasmarka, sítio arqueológico com construções arredondadas de pedras, onde os incas faziam armazenamento de grãos, naquela espécie de refrigerador natural.

Os pernoites são em refúgios como os lodges Lamay e Huacahuasi, empreendimentos de 2014 e sob um modelo de gestão compartilhada entre a Mountain Lodges of Peru e habitantes locais que permanecem proprietários dos terrenos utilizados pelo empreendimento e ficam com 25% dos lucros gerados.

E sequer chegamos a Machu Picchu, o destino final da travessia.

Mountain Lodges of Peru

Quando ir
A alta temporada vai de junho a setembro. Já as chuvas costumam cair entre novembro e abril, cujo maior índice de precipitações é em fevereiro, quando a região de Machu Picchu deve ser evitada.

Antes de ir
Com atividades a mais de quatro mil metros, o viajante deve chegar em Cusco para aclimatação. Por isso, chegue pelo menos com dois dias, antes de começar a travessia.

Como funciona
As travessias da Mountain Lodges of Peru duram de cinco a sete dias e incluem transfers entre os povoados, hospedagem em lodges exclusivos do grupo, pensão completa, taxas de entrada nos atrativos visitados, inclusive tíquetes de trem e ingresso em Machu Picchu, guias e cardápio de atividades culturais e de aventura.

mountainlodgesofperu.com

Machu Picchu (foto: Eduardo Vessoni)

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