Praias de Santarém e Alter do Chão (PA) são abraçadas pela Amazônia

No verão amazônico, entre julho e dezembro, o melhor do turismo tem data certa para começar, nas praias de Santarém. É durante a vazão das águas dos rios locais que Santarém, a 1h20 de avião de Belém (PA), ganha praias fluviais.

Poderia até ser como qualquer outra faixa de areia com águas mornas e cristalinas do litoral brasileiro, não fosse uma Amazônia inteira que abraça esse município, onde mais de 60% da região é coberta por floresta.

As opções de praias vão das mais turísticas, como Pajuçara, às desertas Arariá e Maria José, com acesso apenas pelo rio Tapajós.

O destino tem, praticamente, duas temporadas: inverno (de janeiro a junho, meses marcados pelas cheias dos rios) e verão (de julho a dezembro, época das praias de rio). Mas os locais são unânimes em afirmar que é possível fazer turismo em Santarém, durante todo o ano.

Ponta do Cururu (foto: Adrio Denner/Prefeitura de Santarém)

Praias de Santarém

Ilha do Amor
A faixa de areia mais popular atende pelo nome de Ilha do Amor, um banco de areia que se forma bem em frente à orla de Alter do Chão, distrito a pouco mais de 30 km de Santarém. Após uma breve travessia em uma catraia (pequenos barcos a remo), é possível passar o dia em barracas equipadas com restaurantes, bares e aluguel de caiaques e SUP.

Próximo à Ilha do Amor fica a bem estruturada Praia do Cajueiro, com mesas na beira do rio e barracas que servem os famosos bolinhos de piracuí. Não muito longe dali e sem nenhuma estrutura, a Ponta do Cururu é uma estreita língua de areia no Rio Tapajós e é procurada pelos turistas para observação de botos no pôr do sol.

Pajuçara
A 17 km de Santarém, essa faixa de areia é parte do Projeto do Assentamento Agroextrativista Eixo-Forte e tem acesso por estrada de terra. O local, conhecido como Pajú, conta com algumas barracas que atendem o público, nos finais de semana, e fica próximo de outras praias como a isolada Carapanari e a famosa Ponta de Pedras.

Ponta de Pedras (foto: Eduardo Vessoni)

Ponta de Pedras
Fica a 25 km de Alter do Chão, distrito a menos de 40 km de Santarém, e é conhecida pelas areias brancas e pedras às margens do rio. É considerada uma das praias mais belas da região e tem acesso por estrada de terra ou pelo Rio Tapajós.

A visita pode ser combinada com passeios no Canal do Jari e nos lagos Preto e do Taparí. Embora por vezes pareça deserto, tem pousada, algumas barracas de petiscos e, em novembro, é endereço do Festival do Charutinho, dedicado a esse pequeno peixe que é servido frito e acompanhado de arroz, farofa e vinagrete.

Os moradores costumam frequentar a Praia do Maracanã, a faixa de areia mais urbana de Santarém, a poucos quilômetros da cidade. Com infraestrutura como barracas, o atrativo pode ser acessado por estrada ou pelo rio Tapajós e costuma ficar lotada nos finais de semana.


Já as praias do Rio Arapiuns, com águas claras e mornas, são mais distantes e contam com estrutura oferecida por comunidades ribeirinhas, como Coroca, a 1h30 de lancha de Alter do Chão. A comunidade tem restaurante, artesanato com pigmentos naturais e criação de tartarugas amazônicas.

Ponta do Muretá
Sem nenhuma infraestrutura turística, essa faixa de areia é para quem busca sossego e isolamento.

Sem acesso por carro, essa praia de areias branquinhas e águas mais quentes só pode ser acessada por barcos, que geralmente fazem tours pela região e param no local para observação do pôr do sol.

A cinco minutos dali fica a Ponta do Caxambú, outra opção de praia isolada na região.

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COMO CHEGAR

O meio mais rápido é de avião, cujos voos são operados pelas companhias aéreas LATAM, GOL e AZUL, com conexões em cidades como Confins (MG), Brasília (DF), Belém (PA) ou Manaus (AM).

Santarém fica entre Belém e Manaus e pode ser acessado por terra (30 horas de viagem, a partir de Belém) ou por barco (cerca de dois dias e meio, a partir de Belém ou Manaus).

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