Mercado Ver-o-Peso, na cidade da COP30, completa 400 anos

Tudo começou, há exatos 400 anos, na Casa de Haver o Peso, como um posto de aferição de mercadorias e arrecadação de impostos, no antigo Porto do Pirí, em Belém.

Dali para frente, seria só uma questão de tempo para se tornar o maior mercado a céu aberto da América Latina, com seus 25 mil m².

Nessa espécie de síntese da Amazônia, o visitante circula entre um sem fim de ervas e frutas nas barracas a perder de vista, às margens da Baía do Guajará.

Wikimedia-Commons

Atualmente, além de seu casario histórico e da doca de embarcações, esse conjunto tombado pelo IPHAN inclui o Boulevard Castilhos França, as praças do Relógio e Dom Pedro II, a Ladeira do Castelo e a Feira do Açaí, famosa pela chegada dos frutos dos rios da região, ainda de madrugada.

Inaugurada em 1625, a Casa foi sofrendo diversas modificações, porém, a mais significativa foi a do final do século XIX, quando ganhou o Mercado de Ferro, que até hoje comercializa peixes, e o Mercado Francisco Bolonha, conhecido pela venda de carnes.

O Mercado de Ferro teve sua construção iniciada em 1899, conhecida por estrutura de ferro trazida da Europa e cobertura principal em telha tipo Marselha e torres art noveau cobertas com escamas de zinco.

Já o Mercado de Carne foi inaugurado em 1901.

E até hoje os números impressionam.

Complexo Ver-o-Peso (foto: Eduardo Vessoni)

LEIA TAMBÉM: “Conheça a lha do chocolate que o presidente da França visitou no Brasil”

De acordo com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o Ver-O-Peso movimenta cerca de R$ 1 milhão por dia e vê circular por ali 50 mil pessoas, diariamente.

Ainda, segundo a pesquisa, são vendidas por mês 30 toneladas de hortaliças, legumes e produtos de granjas, além das 100 toneladas de pescado e 30 de açaí, anualmente.

Por dia, cerca de 2.400 trabalhadores movimentam as atividades de comércio no mercado.

Para a Conferência do Clima da ONU, o Ver-o-Peso passou por uma de suas maiores reformas mais significativas, segundo a Agência Belém, com investimentos do município e de parceiros como Itaipu Binacional e o Ministério das Cidades.

A revitalização dos principais mercados e feiras do complexo custou R$ 3 milhões para a reforma completa do Mercado de Peixe, incluindo piso, telhado, elétrica, bancadas e instalação de duas máquinas de gelo, e outros R$ 6,5 milhões, no Mercado de Carne, que teve troca de piso, revisão elétrica e melhorias gerais.

Já a Feira do Açaí, a Pedra do Peixe e a feira do complexo receberam R$ 47,3 milhões para modernização completa.

O local, um dos principais atrativos turísticos da capital paraense, pode ser visitado de 2ª a sábado, das 5:00 às 18:30, e ficana Avenida Boulevard Castilho França, s/n, no Bairro Cidade Velha.

* com informações do IPHAN

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*