Há exatos 30 anos, no dia 22 de novembro de 1995, Toy Story era lançado, marcando o futuro da animação.
Produzida pelo então emergente Pixar Animation Studios, a franquia é o primeiro longa-metragem de animação totalmente feito por computação gráfica.
O filme conta a vida secreta dos brinquedos que habitam o quarto do garoto Andy, cujos protagonistas são apresentados ao público no dia do aniversário do menino, quando ele recebe novos presentes.
Quando chegou aos cinemas, foi sucesso imediato e avassalador, arrecadando quase 400 milhões de dólares nas bilheterias ao redor do mundo.

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Curiosidades de Toy Story
Nos anos que antecederam a estreia de Toy Story, a Pixar Animation Studios era um estúdio emergente dedicado à produção de anúncios publicitários e curtas experimentais.
Entre 1990 e 1991, o pequeno time de animadores começou a trabalhar no projeto que se transformaria em seu primeiro longa-metragem, após firmar um acordo com a Disney para produzir e distribuir pelo menos um filme de animação computadorizada.
Na época, três ideias foram apresentadas como possível primeiro projeto do estúdio: duas baseadas nos livros infantis James e o Pêssego Gigante e Bob the Dinosaur, e a terceira, ainda não desenvolvida, sobre um par de brinquedos. A Disney deu sinal verde para a terceira opção.
Toy Story chegou às telonas cinco anos depois, tornando-se uma experiência única que estabeleceu as bases do que a Pixar Animation Studios representa hoje.

“Era como se um grupo de pessoas estivesse fazendo um filme na própria garagem. Usávamos computadores que, na época, eram muito avançados e pouco conhecidos, mas fora isso, tudo era muito rudimentar. Íamos improvisando conforme avançávamos”, lembra o animador Pete Docter, em nota enviada ao Viagem em Pauta.
Todos os integrantes do estúdio, na época, colocaram a mão na massa para dar vida à história, trabalhando em colaboração com a equipe da Disney até chegarem à versão final do roteiro, que depois se tornaria o filme.
“Além de usar uma tecnologia totalmente nova, uma das coisas que tentamos foi expandir os limites da narrativa. Naquele período, quando um filme era animado, assumia-se que seria um musical, cheio de certos clichês. Nós não queríamos isso”, completa Docter.
O conceito da animação foi inspirado no curta de animação Tin Toy, também da Pixar, cujo protagonista homônimo é homenageado, posteriormente, em Toy Story 4.

Personagens profundamente humanos
A equipe trabalhou intensamente para aprofundar as personalidades dos protagonistas.
Nas primeiras versões da história, Woody já era leal, protetor e engenhoso, mas seus traços foram ganhando camadas à medida que o desenvolvimento avançava.
“Ele tem medo de ser substituído. Todos nós já nos sentimos assim em algum momento”, observa Jonas Rivera sobre o personagem, completa Jonas Rivera, outro animador envolvido na produção.
Hoje, 30 anos após aquele lançamento e já consolidada como uma franquia icônica, a história de Woody e Buzz segue atravessando gerações. Nesse sentido, Andrew Stanton conclui: “Como os brinquedos são atemporais, essa é uma franquia com a qual você pode crescer. As pessoas que a viram quando eram crianças agora são pais e assistem com seus filhos. Criamos um mundo e um grupo de personagens que facilmente podem durar para sempre.”

Antes de ter seu nome definitivo criado em homenagem ao astronauta Buzz Aldrin, um dos primeiros homens a pisar na Lua, o personagem teve vários outros possíveis nomes e aparências.
Ele quase se chamou Tempus for Morph e Lunar Lerry até ser batizado como Buzz Lightyear e ganhar a aparência final.
Nos primeiros desenhos para a criação, o boneco preferido de Andy era um vaqueiro ventríloquo. Tanto que um desses primeiros desenhos aparece como um easter egg ao longo do filme.
E por falar em mensagem oculta, o quarto do garoto Andy também guarda um easter egg. O espectador poderá observar que os nomes dos seus livros são de títulos de curtas animados da Pixar, como Red’s Dream, Knick Knack, entre outros.
Mais Toy Story
Em de junho de 2026, chega aos cinemas Toy Story 5.
Até lá, é possível (re)ver outros títulos da franquia na plataforma de streaming Disney+: Toy Story (1995), Toy Story 2 (1999), Toy Story 3 (2010) e Toy Story 4 (2019).
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