Vales profundos, montanhas recortadas por estradas estreitas e um dos climas mais frios do Brasil são alguns dos cenários do Parque Nacional São Joaquim, na região serrana de Santa Catarina, a 165 km de Florianópolis.
Foi ali que o Brasil registrou, em 1996, uma das temperaturas mais baixas do Brasil: -17,8 °C, no Morro da Igreja, onde fica a Pedra Furada, uma rocha com uma fenda central de 30 metros de diâmetro.
Estes são alguns dos atrativos do Parque Nacional São Joaquim que, em 6 de julho, completa 60 anos desde que foi criado com o objetivo de proteger remanescentes de Matas de Araucárias, nas regiões serrana do sul do estado.
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Sob sua proteção está parte dos Aparados da Serra, como são chamadas as escarpas da Serra Geral que formam o mais extenso conjunto de cânions da América do Sul com cerca de 200 km de extensão.
Uma das características do parque é a sua formação geológica de cerca de 133 milhões de anos, composta por rochas vulcânicas (basalto) que dão origem a um local ideal para a recarga e descarga do Aquífero Guarani.
E para celebrar as seis décadas dessa Unidade de Conservação, a Rede de Amigas e Amigos do Parque São Joaquim programou eventos online com visitantes, pesquisadores, especialistas, ambientalistas e gestores do parque, entre 5 e 9 de julho.
Onde fica
Essa Unidade de Conservação fica em cidades como Orleans, Grão Pará e Lauro Müller, porém o parque tem acesso por Urubici e Bom Jardim da Serra, principais destinos da região.
Para chegar em Urubici, a partir de Florianópolis, o caminho mais curto é pela rodovia BR-282, sentido Lages, até o km 146, na localidade de Santa Clara, município de Bom Retiro. A partir dali, toma-se a rodovia SC-430, seguindo por 24 km até a área urbana do município de Urubici.
Outra opção é a BR-101, sentido Tubarão/SC, e logo até Orleans, seguindo pela SC-438, conhecida como Estrada da Serra do Rio do Rastro, no município de Lauro Muller. Essa é considerada uma das estradas mais cenográficas do Brasil.
Após a subida da serra, chega-se à cidade de Bom Jardim da Serra, de onde a viagem continua po mais 28 km na mesma via até o entroncamento com a SC-110, e por esta ao longo de mais 45 km até a chegada em Urubici.
*fonte: ICMBio
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O que fazer no Parque Nacional São Joaquim
Morro da Igreja e Pedra Furada
São os dois atrativos naturais mais famosos do parque e ficam no limite dos municípios catarinenses de Bom Jardim da Serra, Orleans e Urubici.
O mirante do Morro da Igreja, a 1.822 metros de altitude, é um dos mais alto do sul do Brasil, e tem vista do momento natural Pedra Furada, um portal natural de cerca de 30 metros de diâmetro.
Trilha da Pedra Furada
Com declive acentuado e terreno irregular, essa trilha de 6,2 km (ida e volta) dá acesso à Pedra Furada e oferece vista para os paredões da Serra Geral. Por estar em área da Aeronáutica, é necessária a contratação de um condutor cadastrado.
Trilhas do Recanto Santa Bárbara
Conhecida como “Campos de Santa Barbara”, no setor central do Parque Nacional São Joaquim, a região é marcada por campos de altitude e cachoeiras, com pontos acima de 1.650 metros, e abriga trilhas que vão de 1 a 8 km de extensão.
Um dos destaques é a trilha do Cemitério Histórico, construção centenária da época dos tropeiros que ainda guarda muros de taipas.
Trilha do Morro Comprido
Essa caminhada contemplativa tem 7,3 km de extensão (ida e volta) e começa na propriedade Terras do Sul, seguindo até o cume do Morro Comprido, de onde se tem vista da Serra Geral.
Trilha do Rio do Bispo
São 7 km (ida e volta) passando por áreas abertas de campo e matas de araucária. A caminhada até a cachoeira Arroio Boca da Serra é em terreno plano e inclui diversos cruzamentos do Rio do Bispo, com fundo irregular de pedras escorregadias.
Trilha Nascentes do Rio Pelotas
Com visitas únicas da Pedra Furada e do paredão que dá o nome do Morro da Igreja, essa caminhada tem 8,8 km de extensão e grau de dificuldade moderado.
Além do parque
A 27 km de Urubici fica a Serra do Corvo Branco, montanhas na divisa com o município de Grão-Pará que abriga a maior fenda em uma rocha arenítica do Brasil, um corte de 90 metros de altura.
Apenas motoristas experientes devem encarar suas vertiginosas curvas, por isso deixe o carro na entrada da atração e vá a pé em direção ao ziguezague de curvas da estrada.
Para quem segue em direção ao litoral, a estrada é protagonista.
Comece a impressionante descida de 73 km a partir de Urubici pelas SC-430 e SC-438. Antes de se lançar nas curvas da SC-438, faça uma parada no Mirante da Serra para observar do alto a estrada que risca aquelas montanhas em direção ao nível do mar.
A partir de Urubici, o destaque é a descida vertiginosa dos 73 km da Serra do Rio do Rastro, que pode ser vista no Mirante da Serra, no início da estrada, na cidade de Lauro Müller.
A parada final desse dia é em Torres, no extremo norte do litoral do Rio Grande do Sul e a 170 km de distância.
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Muito sensacional essas maravilhas naturais de Santa Catarina já tive o privilégio de conhecer um desses monumentos, a serra do Rio do rastro e fiquei encantado com a beleza natural e agora vendo essa matéria muito boa vejo que ainda tenho que conhecer muitos outros pontos turísticos desse estado maravilhoso que é Santa Catarina que já me considero um filho dessa região por já está radicado a 6 anos na cidade de Itajaí.