Uma missão científica apoiada pela ONU (Organização das Nações Unidas) acaba de encontrar um dos maiores recifes de corais do mundo.
O recife descoberto na costa do Taiti, na Polinésia Francesa, tem cerca de três quilômetros de extensão e até 65 metros de largura.
Mas a maior surpresa foi sua localização.
Esse recife com corais gigantes de até dois metros de diâmetro e em formato de rosas foi encontrado entre os 30 e 65 metros abaixo do nível do mar, contrariando a tese de que a maioria desses ecossistemas costuma estar a até 25 metros de profundidade.
Eis mais uma prova de que, de fato, ainda falta muito para a gente conhecer o mundo submarino que se oculta debaixo da superfície. Segundo Audrey Azoulay, diretora-geral da Unesco, “apenas 20% de todo o relevo oceânico foi mapeado”.
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Recifes de corais
Considerado um dos mais extensos e saudáveis do mundo, os arrecifes do Taiti foram estudados em cerca de 200 horas de mergulhos, e novas investigações estão sendo planejadas para os próximos meses.
Assim como a ONU informou em nota a que o Viagem em Pauta teve acesso, a descoberta sugere que ainda existem muitos recifes de corais abaixo dos 30 metros, em uma área conhecida como “zona do crepúsculo do oceano”.
“[Foi] mágico observar de perto lindas e gigantes rosas de corais, que esticam até onde a vista alcança”, descreveu Alexis Rosenfeld, fotógrafo francês que liderou a missão de mergulho no Taiti, nessa expedição da Unesco que tem mapeado os oceanos ao redor mundo.
O que é um recife de coral
Altamente diversificado por conta de sua variedade de plantas e animais, os recifes de corais são formações rochosas construídas por organismos marinhos animais e vegetais.
Embora cubram apenas 1% dos oceanos, os corais estão presentes em 30% da costa brasileira, onde 24 espécies, de um total de 66, são endêmicas, segundo o Projeto Coral Vivo.
Esse ecossistema é o mais diverso habitat marinho do mundo, onde vivem uma em cada quatro espécies, daí sua grande importância econômica como fonte de alimento e renda para muitas comunidades.
Assim como explica o ICMBio, embora sua estrutura básica seja formada, geralmente, pelo acúmulo dos esqueletos de animais, sua manutenção depende da atuação conjunta de outros seres, “formando uma complexa teia de
associações e de eventos em sucessão”.
*fonte: ONU, Ministério do Meio Ambiente / ICMBio / Projeto Coral Vivo
CONFIRA FOTOS DO CORAL NO TAITI
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