5 lugares isolados do mundo para pessoas decepcionadas com o ser humano

Massacres, intolerância religiosa, política polarizada e uma rede social (virtual) onde todo mundo querer aparecer, mas ninguém anda com tempo para ouvir quem está ao lado (presente, em carne e osso).

Nos últimos anos, tem sido difícil acreditar na Humanidade. Tem hora que a gente quer se isolar no mundo, em destinos inspiradores em que, certamente, você será um dos poucos forasteiros a pisar aquelas terras distantes.


Nesta lista do Viagem em Pauta, é quase como ter uma  viagem só para você, ainda que seja ao lado dos raros turistas que puderam chegar ali.

Exceto por um deles, um atol  brasileiro fechado para visita pública, todas as viagens a seguir são em lugares remotos e de natureza única que, raramente, aparecem em capas de revistas especializadas ou figuram na lista de preferências dos viajantes.


ANTÁRTICA
Esse é o continente mais frio do planeta, recebe rajadas de ventos com velocidades extremas e fica longe (muito longe), a cerca de mil km do Ushuaia, na Argentina. Ainda assim, tem gente que paga (e não é pouco) para fazer essa que pode ser considerada uma das viagens mais exóticas e exclusivas do planeta.

ANTARTICA
foto: Eduardo Vessoni

No Continente Branco, é possível navegar por canais estreitos, avistar icebergs de curvas surreais, ver fauna exibida que não hesita em se aproximar dos visitantes e protagonizar uma rotina diária de atividades como passeios de caiaque, trekking no gelo e camping a céu aberto.


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GROENLÂNDIA
Do lado oposto à Antártica, fica outro dos destinos mais isolados do planeta, em pleno Ártico.

Para chegar na Groenlândia, um brasileiro saindo de São Paulo, por exemplo, precisa encarar 4 voos e uma última etapa de helicóptero, um voo curto de 15 minutos sobre um dos maiores sistemas de fiordes do mundo até Ittoqqortoormiit, a cidade mais isolada dessa ilha.

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Ittoqqortoormiit, na Groenlândia (foto: Eduardo Vessoni)

Com acesso único por helicóptero, nos meses de inverno, a cidade tem menos de 500 habitantes que moram em construções coloridas de madeira que quase desaparecem no cenário branco que toma conta do destino, durante quase todo o ano.


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TASMÂNIA
É tanto bicho para ver, nesse destino a 240 km ao sul da Austrália, que você nem vai perceber se cruzar com algum ser humano.

A pouco menos de duas horas da agitada Sydney, Hobart é a capital da Tasmânia e uma das principais portas de entrada.

A população de toda a ilha gira em torno de 500 mil habitantes, mas pode ficar tranquilo que, em boa parte da viagem, você só vai encontrar cenários selvagens e bicho, muito bicho.

Russel Falls, no Mount Field National Park (foto: Eduardo Vessoni)

Com 300 km de norte a sul e 340 km de leste a oeste, o menor australiano abriga animais que só existem lá, como o Diabo da Tasmânia, o lento e simpático vombate e o pademelon, uma espécie de canguru em miniatura.

Mas isso não é tudo. Aliás é apenas o começo de uma viagem que inclui também trilhas em florestas úmidas, cachoeiras escondidas em matas fechadas e animais não encontrados em nenhuma outra parte do planeta. VEJA FOTOS


ABROLHOS
Endereço do primeiro parque nacional marinho do Brasil, em 1983, Abrolhos preserva uma área de mais de 91 mil hectares, considerada umas das maiores biodiversidades do Brasil.

Esse arquipélago formado por cinco ilhas fica a 70 km da costa da Bahia, uma viagem que dura cerca de quatro horas e tem desembarque autorizado apenas na ilha da Siriba, onde é possível fazer uma trilha curta de 200 metros, acompanhada por monitores ambientais que levam os visitantes até ninhos de atobás-brancos.

É tão isolado e preservado que, anualmente, de julho a novembro, grupos de baleias-jubarte migram da Antártica em busca de águas calmas, quentes e tranquilas para amamentar filhotes e se reproduzir.


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ATOL DAS ROCAS
Primeira unidade de conservação marinha criada no Brasil, em 1979, o local é formado por um anel de arrecifes com 7,2 km² de superfície e 3,2 km de diâmetro, em uma área preservada de 360 km², incluindo o atol e toda a área marinha ao redor.

Segundo o Projeto Tamar, esta é a segunda maior área de reprodução da tartaruga-verde do país (a primeira fica no Espírito Santo, na ilha de Trindade) e abriga também a tartaruga-de-pente, cujos estudos são facilitados pelas piscinas naturais de águas cristalinas e abrigadas.

O atol, Patrimônio Natural da Humanidade pela UNESCO, pertence ao Rio Grande do Norte e está a 267 km de Natal e a 148 km a oeste do arquipélago de Fernando de Noronha.

Atol das Rocas (foto: Wikimedia Commons)

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