Se a gente que é marmanjo não se cansa daquela piscina de borda infinita sob os pés e sempre pede para o capitão para ficar ancorado mais um pouquinho, o que dizer de crianças a bordo?
Navegar com criança é perigoso? Eles não vão ficar entendiados? Há riscos para as crianças pequenas?
E a resposta para todas essas perguntas é um sonoro “não”.
“Nossa experiência nos mostra que as crianças são os mais entusiasmados e os que mais se divertem nos passeios de barco. Crianças se adaptam rapidamente ao ambiente no mar. Há muita coisa pra fazer a bordo”, explica em nota a Wind Charter, empresa de aluguel de veleiros, em Paraty, no litoral sul do Rio de Janeiro.
Sob ventos constantes que enchem a vela e dão o ritmo da viagem, um barco de aluguel é como trocar a pousada em terra firme por um hotel no mar, equipado com cabines individuais, banheiros com água quente, cozinha completa e um mar inteiro aos seus pés.
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Longe de ser uma experiência exclusiva de viajantes com orçamento folgado, alugar um veleiro é viajar em uma eterna baixa temporada, em roteiros personalizados que permitem paradas em endereços onde nem todo turista consegue chegar.
Em setembro de 2021, por exemplo, a diária de um veleiro para quatro pessoas custava R$ 1.400.
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Veleiro com criança
Paraty é conhecida por suas águas abrigadas, o que significa que o barco não costuma balançar durante a navegação ou até mesmo quando está ancorado. Por isso, a experiência não costuma causar desconfortos como enjoos.
Para entreter os pequenos, a natureza se encarrega. Dá para mergulhar, desembarcar em prainhas desertas, nadar com espaguetes e máscaras de mergulho, passear de bote, praticar SUP e, ufa!, no final os pais vão se dar conta de que faltaram horas no dia.
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Cansou das praias isoladas do Saco do Mamanguá ou de mergulhar em paredões rochosos de baías isoladas? É só pedir para o capitão acionar os motores (ou as velas, em dias de bons ventos) para seguir até o próximo pedaço de mar exclusivo.
Sem falar na reconexão em família, já que os eletrônicos costumam ficar desligados durante a viagem (não por falta de energia, mas por excesso de energia… das crianças).
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Só para ter uma ideia do sucesso da experiência, a cada dez charters contratados com a Wind Charter, oito têm crianças a bordo.
E para quem tem medo de navegar por desconhecer a experiência, sempre se pode levar coletes salva vidas para os pequenos, assim como usar cintos de segurança que ficam presos ao barco para que a criança possa ficar à vontade, sem riscos de cair na água ao brincar no convés.
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O que levar?
Segundo as sugestões da empresa, é recomendado levar muito filtro solar, repelente, brinquedos aquáticos como boia e espaguete para brincar na água.
Para os dias sem banho de mar ou à noite, invista também em atividades que possam ser feitas indoor e em área reduzida de circulação, como jogos de tabuleiro. Lembre-se isto é um veleiro e não um cruzeiro.
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Em embarcações movidas a vela, a sua única preocupação é com o roteiro. O resto fica a cargo do trabalho do skipper, o capitão responsável pelas questões técnicas da viagem (e figura obrigatória para quem não tem Arrais, como é chamada a carteira de habilitação marítima).
O veleiro é entregue ao cliente com roupas de cama e banho, utensílios de cozinha e tanques completo com água e diesel.
Os modelos contam com cabines individuais, banheiros com água quente, fogão, churrasqueira e, em alguns casos, até freezer.
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