O que fazer no Parque das Neblinas (SP)

“O período de isolamento [durante a pandemia de coronavírus] fez crescer a necessidade de reconexão com a natureza. Este é o momento de ajudarmos as pessoas a darem um passo para esta reconexão”, diz Michele Martins, analista de sustentabilidade do Instituto Ecofuturo.

Criada em 1999, essa organização sem fins lucrativos mantida pela Suzano é responsável pela administração desse parque a 100 quilômetros de São Paulo, aproximadamente.

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Por isso, esse parque criado em 2004 tem atividades de educação ambiental, pesquisa científica e manejo e restauração florestal.

Porém, o ecoturismo é uma das atividades disponíveis para o público.

De trilhas autoguiadas a canoagem no rio Itatinga, o parque tem mais de 1.200 espécies e protege 530 nascentes que dão origem ou formam os principais rios da região.

No total, são sete mil hectares de Mata Atlântica, em diferentes estágios de regeneração.

O que fazer no Parque das Neblinas

Conheça trilhas

Autoguiadas
Essas trilhas custam R$ 45 por pessoa e podem ser feitas aos sábados e domingos, das 8h30 às 17h. Agendamento prévio obrigatório.

• Trilha do Brejo
  extensão: 360 m
  nível: fácil
  destaque: plantações de palmito-juçara
  
  
• Trilha do Inox
  extensão: 590 m
  nível: fácil
  destaque: 94 espécies de orquídeas
  
  
• Trilha Lava Pés
  extensão: 650 m
  nível: fácil
  destaque: ligação com a Trilha da Cachoeira
  
  
• Trilha da Cachoeira
  extensão: 990 m
  nível: fácil
  destaque: piscina natural de águas cristalinas
  
  
• Trilha das Antas
  extensão: 1.950 m
  nível: fácil
  destaque: antigos plantios de eucalipto e pegadas de animais como antas
  

Monitoradas

Essas trilhas custam R$ 70 por pessoa e podem ser feitas de terça a domingo, das 8h30 às 17h. Agendamento prévio obrigatório na agência parceira da comunidade (tel.: 11 9 9949-3657)

• Trilha do Mirante
  extensão: 11 km
  nível: médio
  destaque: represa do rio Itatinga

• Trilha da Pedra Riscada
  extensão: 10 km
  nível: médio
  destaque: travessias de rios e vista da cachoeira

Parque de renovação

Essa antiga área devastada pela produção de carvão é uma das maiores reservas privadas de Mata Atlântica.

Além disso é zona de amortecimento do Parque Estadual da Serra do Mar, ou seja, se localiza no entorno dessa unidade de conservação paulista.

No entanto, nas décadas de 1940 e 1950, serviu de terreno para plantação de eucaliptos para a indústria siderúrgica.

“Na década de 60, a Suzano foi pioneira na produção de celulose a partir, única e exclusivamente, de eucalipto que abastecesse sua unidade industrial”, explica Paulo Groke, diretor superintendente do Instituto Ecofuturo.

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Por outro lado, em 1988, a empresa criou sua área de meio ambiental florestal, cujos primeiros passos foram aplicar técnicas que diminuíssem seus impactos ambientais na região.

Um dos destaques do parque é sua “capacidade de regeneração da vegetação nativa sob aquilo que havia sido uma antiga plantação comercial de eucalipto”.

Para isso, o Instituto reintroduziu no local a palmeira-juçara, uma das espécies chaves para esse bioma.

Segundo o Programa Homem e Biosfera da UNESCO, o atrativo é reconhecido também como Posto Avançado da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica

O local é também um grande laboratório ao ar livre para estratégias de restauração e conservação ambiental, com programas de educação ambiental, pesquisa científica, manejo sustentável e envolvimento comunitário.

Assim como lembra Paulo Groke, o Parque das Neblinas não é apenas uma Unidade de Conservação, mas uma “unidade de transformação”, não só das pessoas como também do meio ambiente.

SAIBA MAIS
Parque das Neblinas
Tel.: (11) 4724-0555
parquedasneblinas@ecofuturo.org.br