Foi bom enquanto durou.
Tudo começou lá no distante 2012 com uma longa viagem em busca de experiências diferentes pela Europa para riscar algumas pendências da carreira recém começada na editoria de viagens.
Naqueles quatro (escassos) anos de experiência, ainda me faltavam endereços como Lisboa, Paris e Amsterdam.
Mais daí vieram a Eslovênia, a Bósnia e a Madeira, só pra citar alguns deles, para jogar na nossa cara que o turismo no continente (e no resto do mundo) vai muito além daqueles lugares onde todo mundo quer ir.
Dali pra frente, entre conquistas, frustrações e (muitooo trabalho), o Viagem em Pauta foi conquistando seu espaço, sobretudo entre aqueles que buscam informações sobre experiências inusitadas.
VEJA DESTINOS
Para o bem e para o mal, o site continua sendo fonte de pesquisa para informações bem apuradas sobre destinos desconhecidos que ninguém ousou visitar.
Os plágios e os textos “levemente” inspirados no nosso conteúdo continuam sendo rotina por aqui. Mas, parafraseando o turista-aprendiz Mário de Andrade, eu não quero ser célebre, quero ser útil.
E é isso que tem movido o mundo Viagem em Pauta pelo mundo.
Desembarcou na Antártica, foi até a Alemanha para produzir material sobre os 25 anos da queda do Muro de Berlim e, no mesmo ano, cobriu o 48° festival de Jazz de Montreux, na Suíça (e eu tenho que confessar que deu orgulho ver o crachá de credenciamento de imprensa em nome do site).
Ganhou também parceiros de peso como a Catraca Livre e o portal MSN, e recebeu prêmios.
Entre os reconhecimentos estão o ETC – European Travel Commission, com um texto sobre a Alemanha como destino para fãs de carros e experiências inusitadas, e o III Prêmio de Jornalismo em Turismo “Comendador Marques dos Reis”, no Pará, que recebi com a matéria “A Fantástica Fábrica de Chocolate”, sobre a produção de chocolate artesanal na Ilha do Combu.
Até na TV foi parar, numa parceria entre o Viagem em Pauta e o canal Climatempo, na TV por assinatura.
E agora, exatamente, uma década depois, tive a dura tarefa de escolher essas quatros fotos que representassem o que foram 10 anos de Viagem em Pauta.
Isso tudo não seria possível se não fosse o suporte (moral e tecnológico) do André, esse outro viajante curioso que me ensinou a ver o mundo mais leve, a acreditar nos próprios sonhos e a navegar na tela roxa do Painel do Controle nos momentos de bug do site.
Quando enterramos nossas botas, há mais de 10 anos, num gelo em algum lugar da Patagônia, a gente não tinha ideia de onde isso ia parar. E ainda não temos ideia, só sabemos que por aqui não vamos parar.
Segundo o Analytics do Google, só em 2022, mais de 2 milhões de usuários passaram pelo Viagem em Pauta, deixando um rastro de mais de 3 milhões de visualizações (uma conquista imensa pra essa Redação de um jornalista só).
Durante um dos momentos mais caóticos da pandemia, no início de 2021, o site teve mais de 1,2 milhões de visualizações em um único mês. Sim, em pleno fevereiro pandêmico, o site teve 1.265.794 visualizações.
E tudo isso aconteceu porque um dia, no distante 2017, André e eu decidimos que o mundo das viagens poderia ser também meu mundo de notícias durante umas férias malucas de ônibus até o Ushuaia.
Tivemos até a honra de trombar com o músico Jorge Drexler, em uma passagem por Cabo Polônio, num dos momentos mais significativos desses anos todos. Foram “12 segundos de escuridão” suficientes para iluminar uma década inteira.
Foi bom enquanto durou. E vai durar muito mais nesses anos todos que temos pela frente.
Obrigado, André; obrigado, Viagem em Pauta; obrigado, leitores; e obrigado a todos os parceiros, como assessorias de imprensa, RPs, secretarias de turismo, empresários e companhias aéreas que acreditaram no meu trabalho e nos levaram para todos os cantos desse mundo que nunca acaba de ser visto.
“Un faro quieto / Nada sería
Guía mientras / No deje de girar
No es la luz / Lo que importa en verdad
Son los 12 segundos de oscuridad”
(“12 segundos de oscuridad” – Jorge Drexler)
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