Seu litoral não tem os mesmos tons das águas das vizinhas, sua orla se esconde detrás de estabelecimentos comerciais e as atrações turísticas não têm fama nacional.
Mas Aracaju é, sim, daqueles lugares que surpreendem.
Tem banco de areia que vira praia, em dias de maré baixa, pôr do sol no manguezal e até museu com salas multimídia que fazem o visitante viajar o estado sem sair da capital de Sergipe.
Com pouco mais de 600 mil habitantes e um litoral de 35 km, aproximadamente, a capital do menor estado brasileiro é a pequena notável do Nordeste, que costuma ser visitada por turistas que já conhecem todo o Nordeste e querem completar seu mapa de cidades na região.
Não à toa, em setembro, o Aeroporto Internacional de Aracaju – Santa Maria teve um crescimento de 21,1% no número de embarques e desembarques de passageiros, em relação ao mesmo período do ano passado.
O QUE FAZER EM ARACAJU
ORLA DE ATALAIA
A cidade se orgulha de seu principal endereço turístico, mas chega a ser frustrante ter o mar escondido por um extenso complexo de estabelecimentos comerciais.
Ao longo de seis quilômetros de extensão, a Atalaia é uma bem equipada orla com áreas de lazer como quadras, ciclovias, bares, restaurantes e o primeiro oceanário do Nordeste, a cargo do Projeto Tamar.
ORLA PÔR DO SOL
Às margens do rio Vaza Barris, na Praia do Mosqueiro, essa orla de 600 metros de extensão é endereço estratégico para observação do pôr do sol, sobre um píer de madeira com vista para manguezais.
O atrativo fica a 30 km do Centro de Aracaju, no extremo sul da cidade, e é ponto de partida dos passeios às praias de água doce da Croa do Goré.
MUSEU DA GENTE SERGIPANA
Localizado em um edifício de fachada imponente, no centro da cidade, funciona como uma espécie de memorial nordestino que homenageia as manifestações populares e capítulos da história de Sergipe, em cenográficas salas multimídias em que o próprio visitante dá o tom do tour.
Entre os destaques estão as cabines que possibilitam ao visitante protagonizar um repente e ler capítulos de cordéis; o feirante virtual Josevende que dialoga com o visitante/cliente; e a sala ‘Nossas Praças’, onde um carrossel de madeira, quando acionado, projeta imagens em 360° de diversas praças sergipanas.
CROA DO GORÉ
Entre guarda-sóis de palha e pranchas de Stand Up Paddle, esse banco de areia emerge e desaparece, de acordo com a maré das águas calmas do rio Vaza Barris.
O passeio, que começa na Orla do Pôr do Sol, costuma durar cinco horas e tem parada também na Ilha dos Namorados, ilha temporária, equipada com bar flutuante e atividades náuticas.
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ILHA DOS NAMORADOS
Diz a lenda que um casal navegou até essa ilha, localizada entre o rio Vaza Barris e o oceano Atlântico, a fim de se afastar do agito da capital sergipana. Mas os apaixonados se esqueceram de fundear seu barquinho, que foi levado com a subida da maré, e só foram resgatados, dias depois, por pescadores que passavam por ali.
Sem infraestrutura, para sorte de quem busca sossego, a poucos minutos de Aracaju, o local é uma das paradas dos catamarãs que partem da Orla Pôr do Sol, cujos serviços de praia como bebidas e petiscos, e cadeiras de descanso ficam a cargo das empresas responsáveis pelo transporte, com parada também na Croa do Goré.
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* O Viagem em Pauta visitou Sergipe com o apoio da Secretaria do Turismo de Sergipe
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