Dia do Nordestino: veja destinos inusitados no Nordeste

Criado a partir de lei apresentada pelo senador Angelo Coronel (PSD-BA), em 2022, 8 de outubro é o Dia Nacional do Nordestino.

Não que aquela gente hospitaleira, bem humorada e de sorriso fácil precise de um dia específico para ser lembrada, mas a data é uma homenagem ao dia de nascimento do poeta, teatrólogo, músico e compositor maranhense Catulo da Paixão Cearense, conhecido como o Poeta do Sertão.

Trilha do Santuário, no Vale do Catimbau (foto: Eduardo Vessoni)

“Apesar das dificuldades e muitas vezes dos preconceitos, os nordestinos mostram resiliência se estabelecendo em várias regiões do país, contribuindo para o desenvolvimento e a diversidade, por isso também se justifica a criação de uma data nacional para celebrarmos o povo e a cultura nordestinos”, afirma o autor.

Com cerca de 58 milhões de habitantes, segundo o IBGE, o Nordeste é a segunda região mais populosa do Brasil, abrange 18% do território nacional e é formado por nove estados: Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí e Maranhão.

* com informações da Agência Senado

Confira destinos inusitados no Nordeste

Um dos últimos litorais intactos
(Bahia)

A 210 km de Porto Seguro, no extremo sul do estado, Cumuruxatiba é a Bahia que parece que ainda não foi descoberta.

Ideal para famílias e considerado um dos últimos litorais intactos do estado, esse distrito do município de Prado tem águas mansas e piscinas naturais bem perto da praia. VEJA VÍDEO

Final de tarde em Cumuruxatiba, no extremo sul da Bahia (foto: Eduardo Vessoni)

Sergipe

Sem as praias de águas cristalinas dos vizinhos nordestinos, o menor estado do país nem sempre está no radar de viajantes brasileiros. E vocês não sabem o que estão perdendo.

Sergipe é uma das grandes boas surpresas nordestinas, onde o turismo acontece em cidades históricas e em praias que se formam com a vazão do Rio Vaza Barris.

Para quem ainda faz questão de águas salgada, a dica é a Praia do Saco, no município de Estância. Considerada uma das mais belas de Sergipe, essa faixa de areia pode ser combinada com passeios na vizinha Mangue Seco, no litoral norte da Bahia.

foto: Divulgação

SAIBA MAIS: “O que fazer em Sergipe: da capital Aracaju ao Rio São Francisco”

Vale do Catimbau
(Pernambuco)

A 290 km do Recife, o destino tem um anfiteatro natural que usado para rituais sagrados, abriga uma formação rochosa mais diferente do que a outra e guarda a segunda maior concentração de arte rupestre do Brasil.

No total, são 13 trilhas oficiais, em meio a impressionantes formações geomorfológicas que fazem o visitante se sentir em outro mundo.

VEJA VÍDEO


SAIBA MAIS: “Vale do Catimbau é Pernambuco de outro mundo”

Barra do Camaratuba
(Paraíba)

Na divisa com o Rio Grande do Norte, uma das experiências mais marcantes da Paraíba são os 13 km de praias selvagens, onde o turismo começa no mangue, segue em águas calmas de rio e termina em faixas de areia recortadas por piscinas naturais.

Um dos destaques é a Caranguejo Uçá, uma trilha de cerca de três quilômetros, boa parte flutuando em águas que chegam a até seis metros de profundidade e serpenteiam florestas densas de raízes aéreas que se lançam sobre solo encharcado.

É surreal, mas também fascinante.

LEIA MAIS: “Trilha do Caranguejo Uçá é a Paraíba extrema que vai do mangue ao mar”


Araruna
(Paraíba)

A 165 km de João Pessoa, esse município no limite com o Rio Grande do Norte fez do seu entorno rochoso cenário para atividades de aventura.

As atividades, como trilhas e até um pêndulo humano, acontecem nos arredores da Pedra da Boca, no Parque Estadual da Pedra da Boca. Porém, recentemente, o destino ganhou o Parque do Rinoceronte, um amigável complexo de aventura para quem não tem nenhuma experiência com atividades do gênero.

Nessa área de cerca de dois mil m², o circuito começa com uma mini via ferrata e segue com rapel, escalada em pequenos paredões de granito, uma ponte de três cordas e até um inusitado surfe sobre aquele mundo pedra.


A trilha mais longa do Nordeste
(Paraíba)

A 165 km de João Pessoa, na Paraíba, o ‘Caminhos das Ararunas’ é daquelas experiências que sempre têm um atrativo para a gente ver naquele mundo pedra.

Com cerca de 138 km de extensão, a trilha mais longa do Nordeste tem cânion com cachoeira, pinturas rupestres que se escondem em grutas e turismo de base comunitária em áreas rurais isoladas que recebem a gente como se fôssemos os únicos por ali.

Araruna, a 165 km de João Pessoa (foto: Eduardo Vessoni)

SAIBA MAIS: “Como é a trilha mais longa do Nordeste”

Dunas do Rosado
(Rio Grande do Norte)

Entre Areia Branca e Porto do Mangue, no extremo norte do estado, um cenário árido em constante evolução dá outros ares ao turismo potiguar.

Com 10 km² de extensão, essa sequência de montanhas coloridas é formada pelos sedimentos de falésias vizinhas, trazidos pelos ventos constantes.

A 250 km da capital Natal, o parque é considerado o maior conjunto de dunas do Rio Grande do Norte e pode ser combinado com roteiros litorâneos, em Ponta do Mel, vilarejo do município de Areia Branca.

foto: Eduardo Vessoni

SAIBA MAIS: “Conheça as Dunas do Rosado”

Castelo Zé dos Montes
(Rio Grande do Norte)

Não concluída, essa obra de contornos surrealistas pode ser visitada apenas nos finais de semana, cujos ambientes sem móveis abrigam salões rochosos e altares em pedra.

Porém o destaque é o labirinto feito de terra que representa a Via Crucis, uma das ideias saídas da cabeça do idealizador do atrativo, José Antônio Barreto, mais conhecido como Zé dos Montes.


SAIBA MAIS: “Interior do Rio Grande do Norte tem castelo inusitado, em meio ao agreste”

Chapada das Mesas
(Maranhão)

Na região sul do estado, essa chapada é daqueles lugares onde cachoeiras lapidam pedras escuras no corredor estreito de um cânion, finais de tarde pintam pedra encantada fincada no meio do rio e o turista tem a sensação de ser o primeiro a chegar por ali.

Esse destino formado por 10 municípios é para se molhar. Só para você ter uma ideia do potencial aquático do ‘Paraíso das Águas’, como a região é conhecida, são 89 cachoeiras oficiais (13 delas só no interior do Parque Nacional da Chapada das Mesas), 22 rios perenes e mais de 400 nascentes.

Pôr do sol na Chapada das Mesas, no Maranhão (foto: Eduardo Vessoni)

SAIBA MAIS: “O que fazer na Chapada das Mesas”

1 Comentário

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*