A médica e apresentadora Karina Oliani é a primeira sul-americana , a primeira brasileira a escalar o K2 e a primeira sul-americana a subir as duas faces do Everest.
E é também mãe de primeira viagem (esse, sim, um dos seus maiores desafios).
“Eu queria ser mãe, mas não queria abandonar minha carreira”, conta a médica, durante um vídeo gravado para o lançamento do documentário Kora Mundo Afora, que entra em cartaz, neste Dia das Mães.
No domingo, 12 de maio, às 20h30, Karina e o marido Max Kausch, também montanhista, estreiam no Canal OFF esse média-metragem sobre as viagens com a filha Kora, de pouco mais de dois anos.
Desde que recebeu a notícia de que seria mãe, Karina estava consciente de que “ia ser uma baita aventura, provavelmente, a maior de todas”. “Quando ela crescer, eu quero que essa menina possa se orgulhar da mulher que a mãe dela foi, e não só da mãe que a mãe dela foi”, descreve.
Karina já fez tirolesa sobre um lago de lava do vulcão Erta Ale, na Etiópia, participou da primeira equipe do mundo a escalar a cachoeira mais alta do Brasil, a El Dorado, com mais de 350 metros de altura, e nadou com tubarões-brancos, na África do Sul, e com crocodilos, no México.
Com 110 países no currículo, Karina acumula experiências nem sempre prazerosas, como os 12 pinos na perna por conta de um acidente escalando uma montanha na Jordânia, em 2020, e o exaustivo trabalho na linha de frente, nos primeiros meses da pandemia de coronavírus.
Mas, como ela mesma avisa, “cada um terá a vista da montanha que subir”.
E, para lembrar o que a mãe de Kora andou fazendo por aí, que aliás fez seu primeiro salto de paraquedas, aos 12 anos, o Viagem em Pauta relembra as loucuras de Karina Oliani mundo afora.
SAIBA MAIS: “Bebê aventureira de 2 anos é aposta do Canal OFF, no Dia das Mães”
Mãe viajante
Mochila a jato
Karina Oliani é também a primeira sul-americana a voar com uma jet suit (“mochila a jato”, em português).
O título, conquistado na Inglaterra, em 2020, se deu após a médica conseguir controlar uma “mochila” de 27 kg (sem o combustível) com cinco turbinas acopladas ao corpo que podem fazer o usuário chegar a 60 km/h, em voos com autonomia de cerca de 10 minutos.
Criança perigosa
Em 2021, essa mãe viajante entrou para o Guiness World Records por ter feito a tirolesa mais longa sobre um lago de lava.
Nessa travessia de pouco mais de 100 metros de extensão, registrada em 2017, ela atravessou uma cratera em brasa constante, no vulcão mais ativo da Etiópia, o Erta Ale.
Foram três dias inteiros só para encontrar locais seguros para a instalação de pontos para o equipamento de segurança, cuja travessia durou um minuto e meio.
Como sua mãe costuma dizer, Karina era “aquela criança perigosa que buscava os objetos mais altos”.
Exploradora do ano
Em 2023, Karina foi eleita pelo seleto The Explorers Club uma dos 50 exploradores que têm mudado o mundo com seus trabalhos em diferentes áreas do conhecimento.
Essa médica de quase 42 anos é uma das criadoras, juntamente com Andrei Polessi, do Instituto Dharma, que leva medicina especializada para áreas remotas em países como Uganda e Índia, e estados brasileiros como Piauí e Amazônia.
“Esse título amarra tudo o que eu já fiz em toda a minha vida”, contou, na época, para o jornalista Eduardo Vessoni.
Forças da Natureza
No ano passado, a mãe viajante estreou também Forças da Natureza, uma série que levou três anos para ser produzida, em que conta experiências extremas, em cenários nada convencionais.
Entre os desafios, teve não só a perigosa tirolesa na Etiópia como também heliski nas Rochosas do Canadá (atividade em que esquiadores chegam de helicóptero a pontos remotos) e mergulho com tubarões-baleia, nas Maldivas.
LEIA TAMBÉM: “5 brasileiros entram para o seleto Clube de Exploradores”
Seja o primeiro a comentar