Paraquedistas fazem voo inédito em ponte de Londres

No último dia 11 de maio, após uma preparação de mais de dois anos, os paraquedistas Marco Fürst e Marco Waltenspiel estabeleceram mais um marco na carreira.

Esses austríacos de Bregenz e Oberndorf, respectivamente, se tornaram os primeiros a sobrevoar em um wingsuit a famosa Tower Bridge, em Londres, atingindo uma velocidade de 245 km/h, em apenas 45 segundos.

“Você voa por dentro e é insano. Foi muito louco”, lembra Waltenspiel, em nota a que o Viagem em Pauta teve acesso.

foto: Joerg Mitter / Red Bull Content Pool

A “brincadeira” começou com um salto de um helicóptero a mais de 914 metros de altura, seguido de um voo a 35 metros acima do Rio Tâmisa, onde a dupla voou entre a Tower Bridge, a icônica ponte no principal rio da capital do Reino Unido.

Após uma complexa manobra conhecida como “flare”, a dupla subiu de volta à uma altura de 80 metros e abriu seus paraquedas, antes de pousar em barcaças instaladas no Tâmisa.

Assim como lembra Fürst, para esse dia, foram feitos cerca de 200 saltos de treino, em locais como Maria Alm, em Salzburgo, e Oxfordshire, na Inglaterra, onde se utilizaram dois guindastes paralelos para simular as dimensões da Tower Bridge.

foto: Red Bull Content Pool

Porém, mesmo com todo o preparo prévio, a dupla teve lá seus perrengues no ar, sobretudo por conta do vento contrário produzido pelo helicóptero, e a distância da ponte, que os obrigou voar em sua direção, a fim de terem um ângulo íngreme o suficiente para cruzá-la.

“Não foi um salto qualquer, foi realmente único e muito intenso”, contou Waltenspiel.

Marco Fürst

VEJA VÍDEO


Wingsuit em Londres

Esse traje planador é uma espécie de macacão com asas e é considerado uma revolução no paraquedismo, pois faz de uma queda vertical um voo horizontal, finalizada com um pouso com o auxílio de um paraquedas.

No Brasil, um dos praticantes mais conhecidos nessa modalidade é Luigi Cani, o Homem Pássaro, paraquedista com mais de 14 mil saltos no currículo.

Recentemente, Cani entrou para o seleto Clube de Exploradores, devido ao seu projeto de lançar 100 milhões de sementes, em uma área devastada de quase 260 km², na Amazônia, uma operação que exigiu quatro toneladas de equipamentos.

“Agora que tenho 52 anos e não tenho mais a mesma fome de perigo, quero que meus projetos tenham sentido e ajudem as pessoas e o planeta”, define Cani.



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