Sem luz, o planeta seria apenas um ambiente frio e estéril. Tão importante para a abundância da vida, ela tem até uma data exclusiva, o Dia Internacional da Luz, celebrada neste 16 de maio.
Mais do que uma celebração ao aniversário da primeira operação bem-sucedida com raio laser, realizada pelo físico e engenheiro Theodore Maiman, em 1960, o dia é uma homenagem à Ciência e seu uso em nome da paz e do desenvolvimento sustentável.
Segundo a Unesco, o Dia Internacional da Luz “celebra o papel que a luz desempenha na ciência, na cultura, na arte, na educação, no desenvolvimento sustentável e em áreas tão diversas como medicina, comunicações e no setor energético.”
Na seleção abaixo, você confere fotos incríveis, clicadas em diversos cenários do planeta, da Islândia à Chapada dos Veadeiros, em Goiás, onde o brasiliense Márcio Cabral fez o registro de um campo de “sempre-viva”, popularmente, conhecida como “chuveirinho”.
Outro destaque é a foto que abre esta matéria, em que o surfista Ítalo Ferreira observa o eclipse anular do sol que aconteceu no Rio Grande do Norte, em outubro do ano passado. O ‘anel de fogo’ foi registrado pelo fotógrafo Marcelo Maragni que, após meses de um planeamento meticuloso, teve uma breve janela de apenas cinco segundos para garantir a foto.
Dia Internacional da Luz: veja fotos
Brasileiro premiado
O fotógrafo e geógrafo Márcio Cabral é o autor desse registro noturno na Chapada dos Veadeiros, no nordeste de Goiás, a 220 quilômetros de Brasília.
Seu registro em 360º, vencedor do prêmio internacional Epson International Pano Awards 2023, tem como motivo principal uma das plantas símbolos do Cerrado, a “sempre-viva”, iluminada em primeiro plano com uma lanterna projetada especialmente para espeleologia e com uma luz “mais macia”, a fim de compensar a escuridão do céu.
Márcio é autor também de outras fotos impressionantes, no Centro-Oeste brasileiro, como as feitas nas cavernas de Terra Ronca (GO) e na lagoa interior do Abismo Anhumas, em Bonito (MS).
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Em 2020, ele entrou para o Guinness World Records como autor da maior imagem panorâmica subaquática já feita, um registro na Lagoa Misteriosa, no Mato Grosso do Sul. Originalmente, a foto abaixo tem 826.9 megapixels de resolução, o que equivale a uma imagem com 14,46 metros de largura e 7,23 metros de altura.
Na época, a pós-produção exigiu um trabalho de 30 horas diante do computador para “costurar”, digitalmente, as 28 imagens que formam a foto recordista (bem mais tempo do que os breves minutos que precisou para mergulhar nessa lagoa de profundidade desconhecida).
Rio Grande do Norte
O eclipse anular do sol, em outubro do ano passado, chamou a atenção dos brasileiros por conta dos diversos registros fotográficos que começaram a circular nas redes.
Entre os mais comentados estavam o efeito de anel de fogo, uma sequência de imagens feitas por Marcelo Maragni, em que o surfista potiguar Ítalo Ferreira é enquadrado em meio à luz desse eclipse raro.
Assim como o fotógrafo paulistano contou na época, após “meses de um planeamento meticuloso”, foi preciso aliar equipamentos especializados, posicionamento preciso e agilidade para capturar a foto em questão de segundos.
A um quilômetro de distância de Ítalo e equipado com rádios de comunicação, o fotógrafo foi orientando o surfista para que esse se alinhasse como se estivesse dentro do arco formado pela posição milimétrica da Lua entre a Terra e o Sol.
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Via Láctea
O espanhol Daniel Zafra é o criador do Milky Way Photographer of the Year, concurso internacional que elege os melhores registros da Via Láctea, que no ano passado teve mais de três mil imagens de fotógrafos inscritos de países como Argentina, Eslovênia, Bulgária, Madagascar e Namíbia.
Durante um ano, ele faz uma curadoria, em busca não só dos fotógrafos mais reconhecidos no assunto, mas também de novos talentos, além de considerar o ineditismo de lugares onde esse “caminho de leite” formado pelas luzes de bilhões de estrelas ainda não tenha sido registrado.
“A qualidade da imagem, a historia por trás do clique e a inspiração são os principais fatores na hora de selecionar as fotos de cada ano”, descreve esse astrofotógrafo espanhol, criador do concurso.
Islândia
Esse registro do fotógrafo Tim Kemple mostra o atleta Rahel Schelb escalando um iceberg, durante a aparição da aurora boreal.
A fotografia foi feita no sul da Islândia e chegou a ser finalista no Red Bull Illume Image Quest 2016, na categoria ‘New Creativity’.
Sobrevoo inédito
Em 2021, Rafael Goberna fez um sobrevoo de paraglider inédito no centro financeiro da Cidade do Panamá, em meio a um mar de prédios com mais de 230 metros de altura.
Ele é atleta de parapente acrobático e já sobrevoou destinos como a Chapada Diamantina (BA), as Cataratas do Iguaçu (PR) e o deserto de Dubai (foto abaixo).
Esse paulista de Franca, no interior de São Paulo, até já tinha imaginado fazer um voo como esse, mas nunca entre edifícios tão altos e tão dentro de uma cidade.
“Ter voado dentro da cidade foi a parte mais excitante”, comemora, em vídeo que você confere mais abaixo.
Entre as dificuldades para a conclusão desse desafio, Goberna conta que a parte mais difícil do projeto foi o tempo e o vento, pois durante a semana de captação de imagens, a Cidade do Panamá teve muita chuva e muito vento.
Na capital panamenha, Goberna fez manobras por arranha-céus famosos como a Financial Tower (231m), o Soho Mall (207m) e o icônico Torre F&F (232m), que lembra um imenso parafuso espelhado.
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SAIBA MAIS: “Brasileiro faz sobrevoo inédito na Cidade do Panamá”
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