Destinos imperdíveis na Serra da Mantiqueira


Entre São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais tem um destino que é a cara do inverno: a Serra da Mantiqueira.

Nessa região montanhosa com cidades a mais de mil metros de altitude, o turismo costuma acontecer acima das nuvens, em locais como as paulistas São Bento do Sapucaí, São Francisco Xavier e a gourmetizada Campos do Jordão.

Já no setor mineiro, os destaques são Aiuruoca, Monte Verde e Gonçalves. No Rio de Janeiro, o destaque é o Parque Nacional do Itatiaia, endereço do primeiro parque do gẽnero do Brasil, na tríplice fronteira entre Itamonte (MG), Queluz (SP) e Resende (RJ), onde acontece a exigente trilha no Pico das Agulhas Negras.

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São Francisco Xavier (foto: Eduardo Vessoni)


O que fazer na Serra da Mantiqueira

MINAS GERAIS

Monte Verde, distrito de Camanducaia, fica a 166 quilômetros de São Paulo e é um dos destinos mais populares da Serra da Mantiqueira mineira.

Embora seu centrinho de ruas lotadas de turistas e construções de estilo alpino sejam a principal atração, é nas montanhas que Monte Verde mostra sua melhor versão, como as trilhas da Pedra Redonda (926 metros de extensão e grau médio de dificuldade), com vista panorâmica da Mantiqueira, e a do Pinheiro Velho (1,2 km e nível fácil), cujo destaque é uma araucária de cerca de 500 anos.

Em área urbana, o destaque é a avenida Monte Verde, principal via do distrito, com lojas que comercializam os tradicionais trabalhos de pintura Bauer, técnica alemã com desenhos de tons vibrantes.

Trilha da Pedra Redonda (foto: Creative Commons)

A 182 quilômetros da capital paulista, Gonçalves, é outro destino do extremo sul de Minas Gerais e pode ser combinado em um roteiro pelas paulistas São Bento do Sapucaí, a 23 quilômetros dali, e Campos do Jordão, a 63 quilômetros.

Esse município de pouco mais de quatro mil habitantes tem turismo gastronômico com ingredientes orgânicos, e de aventura, com opções de caminhadas com diferentes graus de dificuldade, como as trilhas do Samambaiaçu (1,6 km, ida e volta) e a da Pedra Bonita (7 km até o ponto mais alto da cidade, a 2.120 metros de altitude, entre Gonçalves e Sapucaí Mirim).

Já em Aiuruoca, a 350 quilômetros da capital paulista, o turismo gira em torno das cachoeiras, nos vales dos Garcias e do Matutu.

O primeiro apresenta melhor estrutura turísticas, apesar de ter menos atrativos, como as cachoeira dos Garcias e da Prainha.

Já o Vale do Matutu, a 17 quilômetros do Centro de Aiuruoca abriga as atrações naturais mais populares, como a Cachoeira dos Macacos, pequena queda d’água com duchas naturais, e a Deus Me Livre, com poções naturais e três quedas de até 15 metros.

Para os mais preparados, a dica é o Pico do Papagaio, principal atrativo do parque estadual homônimo, acessado por uma trilha exigente de 7,5 quilômetros (só ida).



RIO DE JANEIRO

A 264 quilômetros da capital paulista fica Itatiaia, onde o turismo na Serra da Mantiqueira vai do nível do chão a um dos pontos mais altos do Brasil.

O roteiro inclui o bairro Penedo, onde a única colônia do país fundada por finlandeses abriga a Pequena Finlândia, parque temático que guarda a casa oficial de verão do Papel Noel, e o Museu Finlandês Eva Hilden, com mais de mil peças trazidas por imigrantes.

Quem procura ecoturismo deve seguir para a vizinha Resende, com atividades de ecoturismo, em localidades como Maringá e Maromba.

Mas a atração mais famosa (e exigente) é a Trilha do Pico das Agulhas Negras, uma das mais cênicas do Brasil e com acesso ao quinto ponto mais alto do Brasil, a 2.791 metros de altitude, na tríplice fronteira entre Itamonte (MG), Queluz (SP) e Resende (RJ).

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Juliana Simões/Arquivo Pessoal

SAIBA MAIS: “Como é a trilha no Pico das Agulhas Negras”

SÃO PAULO

São Bento do Sapucaí é a meca da escalada paulista, onde acontece a caminhada cênica até o topo da Pedra do Baú.

No nível do chão, esse destino a 185 quilômetros da capital paulista tem produções de vinhos, em vinícolas como a Villa Santa Maria (villasantamaria.com.br) e a Entre Vilas (entrevilas.com.br), e degustação de azeitonas, no Bairro do Cantagalo, na OLIQ (oliq.com.br).

Outro destaque é o Roteiro de Mosaicos, onde os artistas Ângelo Milani e Claudia Vilar revestiram construções com mosaicos coloridos, em locais como a capela da Rua Treze de Maio e Casa de Cultura de São Bento.

SAIBA MAIS: “Como é subir a Pedra do Baú, em São Bento do Sapucaí”


São Francisco Xavier é um distrito de São José dos Campos bastante procurado por casais e famílias, entre São Chico e Monteiro Lobato, a 150 quilômetros da capital paulista.

Uma das atrações imperdíveis é a Pedra de São Francisco, complexo de ecoturismo com mirantes naturais em imensas pedras arredondas, restaurante, passeios de bicicleta, trilhas e tirolesa.

Perto dali fica Monteiro Lobato, terra do avô do escritor, o Visconde de Tremembé, que dá nome ao município, onde fica a Fazenda Buquira, que já foi conhecida como o “verdadeiro Sítio do Pica-Pau Amarelo”.

O visitante conta também com atrações como a praça Cunha Bueno, que guarda um busto de Monteiro e lojinhas com bonecos inspirados em seus personagens, e atividades de ecoturismo, como a Pedra do OM, no bairro do Souza, e o Mirante das Antenas, a 3,5 quilômetros do Centro e com vista do Vale do Paraíba.

Pedra de São Francisco (foto: Eduardo Vessoni)

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Campos do Jordão
Com preços mais elevados (e serviços nem sempre à altura), essa cidade a 170 quilômetros de São Paulo é o destino mais famoso de toda a Mantiqueira paulista.

O endereço mais procurado é a Vila Capivari, bairro com lojas, bares e restaurantes em construções de estilo germânico. É ali que fica também o Parque Capivari, endereço do primeiro teleférico monocabo de cadeirinhas no Brasil, que segue até o Morro do Elefante.

Outros atrativos são o Palácio Boa Vista, casa com mais de 100 aposentos e quase duas mil obras de arte, como as de Anita Malfatti, Cândido Portinari e Tarsila do Amaral; e o Bosque do Silêncio, área verde de 100 mil m² com trilhas interpretativas, tirolesa e arvorismo.

Já o Museu Felícia Leirner fica em um parque de 35 mil m² com trilhas autoguiadas, em meio a obras de arte ao ar livre.

A cidade é palco também do Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão, que em 2024 vai de 29 de junho a 28 de julho, com concertos de música clássica.

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foto: Bruna Brandão/Divulgação

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