No porto de Luderitz, na remota costa africana da Namíbia, em 1984, Amyr Klink era um jovem destemido de 28 anos, determinado a realizar uma proeza épica: atravessar o oceano Atlântico em um barco a remo.
A travessia era um desafio inédito e requeria determinação e, sobretudo, força para alcançar o objetivo final, o litoral da Bahia.
Porém, a viagem de 3.700 milhas foi finalizada cem dias após a partida e, durante a solidão do percurso, Amyr fez registros em um diário de bordo, que depois se transformaram no livro “Cem Dias Entre Céu e Mar”, best-seller e marco na literatura náutica.
Para celebrar a data, o best-seller virou filme, cujas gravações do longa-metragem terminaram, recentemente. A direção é de Carlos Saldanha (“Rio”, “A Era do Gelo”, “O Touro Ferdinando”, “Cidade Invisível”) e tem Filipe Bragança no papel de Amyr.
O longa é produzido pelo Ventre Studios, com coprodução da Star Original Productions, distribuição da Star Distribution – ambos selos da The Walt Disney Company voltados para o cinema nacional.
Além de Filipe Bragança como Amyr Klink, fazem parte da equipe de “100 Dias”: Elena Soarez (“Casa de Areia”) e Thais Tavares no roteiro, Marcela Altberg (“Elis”) no casting, Rodrigo Monte (“Senna”) na direção de fotografia, Cassio Amarante (“Xingu”) na direção de arte e produção liderada por Justine Otondo, João Queiroz e Paula Cosenza, sócios do Ventre Studio.
Amyr Klink
Natural de São Paulo, filho de pai libanês e mãe sueca, Amyr Klink começou a frequentar a região de Paraty (RJ) com a família quando tinha apenas dois anos de idade e foi dessa cidade histórica que surgiu a inspiração para viajar pelo mundo.
Em 1983, terminou a construção do seu primeiro barco, o I.A.T., com o qual um ano depois fez a travessia histórica durante mais de três meses, marcando o início de suas expedições marítimas e de sua paixão pela navegação.
Posteriormente, em dezembro de 1989, Amyr realizou a primeira de suas quinze viagens à Antártica em um veleiro construído por ele mesmo, o Paratii, e passou 642 dias na região, preso no gelo da Baía Dorian.
Em 1996, casou-se com Marina Bandeira, com quem teve as filhas gêmeas Tamara e Laura, nascidas em 1997, e a caçula, Marininha, nascida no ano 2000. Tamara, que já esteve aqui no Viagem em Pauta, no texto “As viagens de Tamara Klink, a menina que cresceu e partiu”, seguiu os passos do pai e hoje também é uma velejadora reconhecida em todo o país.
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