Parque das Neblinas (SP) completa 20 anos: o que fazer

Reconhecido pelo Programa Homem e Biosfera da UNESCO como Posto Avançado da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, o Parque das Neblinas é uma reserva ambiental de sete mil hectares de floresta em diversos estágios de regeneração, em Mogi das Cruzes.

Há exatos 20 anos, essa área da Suzano, gerida pela organização sem fins lucrativos Instituto Ecofuturo, oferece atividades de ecoturismo, pesquisa científica, educação ambiental, manejo e restauração florestal. 

E nem parece que a capital nervosa da maior cidade da América do Sul está logo ali, a 115 quilômetros de distância.

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foto: Divulgação

Em comemoração às duas décadas de existência, quando o parque foi inaugurado depois de um longo trabalho de manejo de eucaliptos, conservação de nascentes e criação de uma reserva ambiental, o Parque das Neblinas anunciou, recentemente, o lançamento de uma série de vídeos.

A proposta é dar voz às pessoas que ajudaram a construir sua história, a partir do compartilhamento de memórias, experiências e relatos que destacam o impacto transformador do parque no território e nas vidas de quem esteve diretamente envolvido em sua trajetória.

A série será organizada em blocos temáticos que abordarão aspectos relevantes da trajetória do Neblinas, como “Da regeneração à conservação”, com histórias sobre os esforços de regeneração da mata nativa; “Natureza educadora”, sobre os trabalhos de educação ambiental e sensibilização; e “Conservação que move a economia”, que trará exemplos de bioeconomia e empreendedorismo sustentável.

“Eu costumo dizer que o parque só é o Parque por conta das pessoas que já passaram e passam por aqui”, conta Michele Martins, analista de sustentabilidade do Instituto Futuro, no episódio de abertura da temporada de vídeos.


O que fazer no Parque das Neblinas

Entre os municípios de Mogi das Cruzes e Bertioga, o Parque das Neblinas fica em uma antiga área devastada pela produção de carvão, atualmente, uma das maiores reservas privadas de Mata Atlântica e zona de amortecimento do Parque Estadual da Serra do Mar.

O visitante conta com atividades de ecoturismo para todos os perfis de visitantes, como trilhas autoguiadas e canoagem no Rio Itatinga.

Cicloturismo
Com bicicleta própria ou alugada no local, esse roteiro de 10 quilômetros pode ser combinado com banhos no Rio Itatinga e visita à Cachoeira da Pedra Riscada.

Canoagem
São 530 nascentes, mas é no Rio Itatinga que acontece a cenográfica canoagem nas águas tranquilas desse rio que nasce dentro do parque, corta a Serra do Mar e segue em direção a Bertioga, município no litoral paulista.

A canoagem em caiaques infláveis é uma atividade de cerca de um quilômetro que passa por áreas isoladas e pequenas corredeiras, muitas vezes chamadas de cachoeiras.

SAIBA MAIS: “Como é a canoagem no Parque das Neblinas”

Trilhas autoguiadas
Podem ser feitas aos sábados e domingos, das 8h30 às 17h, com agendamento prévio obrigatório.

Entre as opções, tem a Trilha do Brejo (360 metros de extensão e nível fácil), Trilha do Inox (590 m / fácil), Trilha Lava Pés (650 m / fácil) e Trilha da Cachoeira (990 m / fácil).

Durante a visita, o Viagem em Pauta conheceu a Trilha das Antas (1.950 metros), uma caminhada autoguiada e de baixa dificuldade, interligada por pontes suspensas que dão acesso a outras trilhas.

Trilhas monitoradas
Podem ser feitas de terça a domingo, das 8h30 às 17h, com agendamento prévio obrigatório.

A Trilha da Pedra Riscada tem 10 quilômetros de extensão (ida e volta) e grau médio de dificuldade, com passagem pelo antigo carreador da época do cultivo de eucaliptos na área e pela Cachoeira da Pedra Riscada, cujo nome é uma referência às pequenas veias de quartzo derretido entre a rocha, com uma pequena queda d’água e um remanso para nadar.

Já a Trilha do Mirante começa em uma antiga estrada na Mata Atlântica nativa, com muitas samambaias e micro-orquídeas, chegando até a represa do rio Itatinga, de onde é possível avistar o litoral. São 11 quilômetros de caminhada de nível médio.

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