Até o próximo dia 22 de setembro, acontece a tradicional festa do Sairé, em Alter do Chão, distrito a 36 km de Santarém, no Pará, onde o sagrado, mais uma vez, vai encontrar o profano (pelo menos até setembro do ano que vem).
Reconhecido como manifestação da cultura nacional, o evento é o encontro da cultura indígena, da fé cristã trazida pelos jesuítas durante o século XVII e de elementos da cultura africana.
Apesar do caráter religioso, com missas, ladainhas e procissões, o Sairé é marcado pela disputa das associações folclóricas dos botos Cor de Rosa e Tucuxi, criada em 1997 e incluído à festa do Sairé. Nesse espetáculo de arena, as duas agremiações se apresentam para contar a lenda do boto, um dos principais mitos do imaginário amazônico.

Os botos Tucuxi e Cor-de-Rosa, com cerca de 700 componentes cada um, se apresentam em duas noites de festa, sendo observados por jurados que, ao longo de duas horas de exibição, avaliam 16 quesitos.
A festa é conhecida pela variada programação como a busca de mastros às margens do rio, procissão entoada em latim e desfile do sairé, uma armação de madeira revestida com algodão e fitas coloridas em forma de cruzes que representam o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
Além da disputas no Lago dos Botos, conhecido também como Sairódromo, a programação do Sairé 2025 contará com a apresentação de nomes da música nacional como Falamansa (18/9), Xand Avião (19/9) e É o Tchan (20/9), entre outros.
Os ingressos variam entre R$ 30 (Arena) e R$ 60 (Arquibancada) e podem ser adquiridos no site: saire.santarem.pa.gov.br

Vai dar praia
A Festa do Sairé acontece durante o verão amazônico, quando a vazão das águas dos rios, entre julho e dezembro, revela praias fluviais na região de Santarém, a 1h20 de avião de Belém.
Poderia ser como qualquer outra faixa de areia com águas mornas e cristalinas do litoral do Brasil, não fosse uma Amazônia inteira que abraça esse município, onde mais de 60% da região é coberta por floresta.
As opções vão de faixas de areia mais turísticas como Pajuçara às mais desertas, como Arariá e Maria José, com acesso apenas pelo rio Tapajós.
Já os locais costumam frequentar a Praia do Maracanã, área mais urbana de Santarém, a poucos quilômetros da cidade. Com infraestrutura como barracas, o atrativo pode ser acessado por estrada ou pelo rio Tapajós e costuma ficar lotada nos finais de semana.
SAIBA MAIS: “Praias em Santarém e Alter do Chão, no Pará”
* Com informações da Prefeitura de Santarém
Seja o primeiro a comentar